Presidente da central diz que governo enfrentará "grande batalha" caso apresente proposta nesse sentido no projeto sobre o fim do fator previdenciário
São Paulo – O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, afirmou hoje (4) que a central não irá aceitar o aumento da idade mínima para a aposentadoria, caso a ideia seja incluída pelo governo no projeto sobre o fim do fator previdenciário.
O projeto está sendo discutido por técnicos da Fazenda e da Previdência Social. Segundo a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a proposta deve ser apresentada na próxima terça-feira (10). Tanto ela como o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, disseram ontem (3) que está em estudos uma “fórmula móvel”, segundo a qual o cálculo para a aposentadoria ficaria ligado à expectativa de vida dos brasileiros.
A ideia foi interpretada como uma tentativa de mexer com a idade mínima para se aposentar, hoje de 60 anos para os homens e de 65 para as mulheres. Para Artur, se isso acontecer, o governo deve se preparar para uma “grande batalha”.
“Nós não vamos permitir a implementação de uma idade mínima maior no Brasil. Nossa pauta não tem recuo e, sim, avanços”, disse o sindicalista. Segundo ele, é preciso pensar nas pessoas que, por falta de condições financeiras, entram muito jovens no mercado de trabalho.
“No Brasil, infelizmente, as pessoas começam a trabalhar muito cedo para ajudar no orçamento da família, para sobreviver. Muitos enfrentam a rotina dura do corte de cana-de-açúcar, ou o trabalho nos setores químico, elétrico etc., aos 16 anos, no máximo 17 anos. Esses trabalhadores vão morrer antes de se aposentar. Vão pagar e não vão receber”, disse.
Rede Brasil Atual
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