Pelo menos três feridos no PB1 foram para o Trauma de João Pessoa.
Seap diz que aconteceu uma operação de segurança.
G1 PB
Pelo menos três presos ficaram feridos neste sábado (12), durante uma operação pente-fino na Penitenciária Romeu Gonçalves de Abrantes, o presídio PB1, em João Pessoa. Eles foram levados para atendimento no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), houve ainda um conflito entre detentos e foram apreendidos materiais ilícitos.
A direção do PB1 negou qualquer princípio de rebelião ou tumulto na unidade, confirmando a realização do pente-fino. O secretário de administração penitenciária, Wallber Virgolino, destacou que houve "uma operação de segurança regular, previamente programada e sistematizada, encontrando muitas facas e espetos artesanais".
De acordo com a assessoria de comunicação do Hospital de Trauma de João Pessoa, três presidiários do PB1 foram levados para a unidade de urgência pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e atendidos às 11h30. Todos passaram por procedimentos médicos de emergência e até as 13h continuavam em atendimento. Os estados de saúde eram considerados regulares.
O secretário Wallber Virgolino também confirmou que foram disparadas balas de borracha e que houve mais feridos, além dos encaminhados ao Hospital de Trauma. Porém, os apenados não precisaram ser levados para a unidade de urgência da capital e foram atendidos apenas na enfermaria do presídio.
Os presos foram colocados no pátio do PB1 durante as revistas. Outros apenados também ficaram feridos durante a ação dos agentes penitenciários na busca por armas, celulares e drogas na unidade prisional. Até as 13h, ainda não havia um levantamento do material apreendido. A previsão do secretário Wallber Virgolino era divulgar o balanço até o fim da tarde deste sábado.
Tortura
A operação de segurança aconteceu um dia após a afirmação do Conselho de Direitos Humanos da paraíba (CEDHPB), na sexta-feira (11), de que seis detentos foram vítimas de tortura praticada pelo diretor e por agentes penitenciários no presídio PB1. De acordo com o promotor de Justiça Marinho Mendes, que integra o órgão, o caso aconteceu após uma tentativa de fuga frustrada no início de abril.
O gerente executivo do sistema penitenciário da Paraíba, Arnaldo Sobrinho, disse ao G1 que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) não recebeu nenhum comunicado do Conselho dos Direitos Humanos sobre a denúncia de tortura. No entanto, ele informou que a pasta abriu uma sindicância na quinta-feira (10) após ser observado que os presos tinham lesões.
G1 PB
Nenhum comentário:
Postar um comentário