Gabriela Soutello
Extrato de entrevista com José Luiz Passos
Você é um escritor pernambucano, nascido em Recife. Em sua opinião, como está o panorama cultural pernambucano hoje? Existem outros autores da região do nordeste que você destacaria?
Há uma efervescência cultural no Nordeste. Por exemplo, filmes como O som ao redor (2012) e Tatuagem (2013), o teatro pernambucano e nomes importantes na literatura. Eu apontaria, entre vários outros
, Ronaldo Correia de Brito, cearense que mora há muitos anos no Recife; Marcelino Freire, que é do sertão e vive em São Paulo; Wellington de Melo, Christiano Aguiar, Lira Neto, Samarone Lima; Ariano Suassuna, ainda atuante; Francisco J. C. Dantas, do Sergipe, um dos gigantes, na minha opinião; juntamente com o mestre Raimundo Carrero, também do sertão de Pernambuco, além de, entre os mais jovens, Bruno Liberal, que venceu o Prêmio Pernambuco no ano passado. Então, há um bom momento na ficção do Nordeste e há pessoas que não são do Nordeste mas que estão lá, como Maria Valeria Rezende, que é de Santos (SP), se não me engano, e mora na Paraíba há muitos anos.
Para que um autor nordestino seja publicado e distribuído nacionalmente é preciso passar por um sistema cultural estabelecido no eixo Rio-São Paulo, e alguns autores do Nordeste não conseguem chegar até aí – não porque não sejam bons, mas porque as portas para os que vêm de fora são poucas. Porém, de modo geral, acho que esse é um bom momento; não só na literatura, mas também no jornalismo, na biografia, no cinema e na música.
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“Sou um grande desconhecido no Brasil”
Vencedor do Prêmio Portugal TELECOM de 2013, José Luiz Passos relança ensaio que discute a imaginação proposta por Machado de Assis: Romance com pessoas
Cult
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“Sou um grande desconhecido no Brasil”
Vencedor do Prêmio Portugal TELECOM de 2013, José Luiz Passos relança ensaio que discute a imaginação proposta por Machado de Assis: Romance com pessoas
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