O enfrentamento Político, Ideológico e de Gestão na disputa da Capital

Qual é o seu lado ?

De certa forma há quem avalie a realidade política de João Pessoa pelo lado meramente pragmático, do tipo a hora é de avaliação da gestão Luciano Cartaxo exclusivamente pelo que ele fez durante 3 anos e 6 meses e pronto.

Este é um raciocínio lógico imediatista supondo que a população se manifestará exclusivamente pelo que o prefeito fez ou outros adversários fizeram ou não na cidade de João Pessoa.

O CONFRONTO MAIS PROFUNDO

Engana - se quem pensa que a eleição de 2016 será assim tão simplória. Não será em face dos principais atores políticos envolvidos a partir de Luciano Cartaxo, a professora Cida Ramos e o PT com Professor Charliton terem histórias e identidades também a envolver componente ideológico. É importante que se assuma sua vertente à Esquerda, Centro ou Direita, embora o aspecto ligado à gestão seja muito importante.

Cada vez mais o mundo sofre os efeitos, por exemplo, da Direita inclusive no Brasil.

MAIS ANGÚ

Para entender melhor, adicionemos na panela quente da politica o governador Ricardo Coutinho e os senadores José Maranhão e Cassio Cunha Lima.

É que mais do que em qualquer outro lugar, as presenças dos três líderes políticos na Capital vai respingar, sim, na eleição tanto do ponto-de-vista estrutural de apoio como, especialmente, em termos de conceitos. Tudo em cima do que cada um deles fez por João Pessoa. Ou não.

PARA ENTENDER MELHOR

Todos os quatro principais personagens já estiveram juntos ou em confronto, como se dá agora. Aliás, desta feita Maranhão e Cassio estão com Luciano com Chapão sendo tratado como imbatível, em tese, mas é preciso admitir outros valores em curso que podem fragilizar o Acordão, ou não, como dizia o mano Caetano.

O primeiro dos elementos para o Acordão é a falta de um conceito mais proativa e desenvolvimenta, que não seja derrotar Ricardo Coutinho por derrotar, do tipo é chato, intragável, etc, mas nada disso afeta o maior dos simbolos de RC: ele é trabalhador, realizador.

É certo que Luciano tem administração aprovada, mesmo assim a Grande estratégia sem fundamento de projeto, como sempre apresentou Ricardo para se aliar a cada um dos tres (como acontecido) é fator fundamental como encantamento e atração, até agora não apresentado com clareza.

POTENCIAL DE LUCIANO

Na certa, para vencer o prefeito precisaria buscar alianças com líderes partidários. Seu cacife cresceu muito nos últimos anos, como dizem as pesquisas - - o que lhe remete ao plano estratégico de ampliar as alianças.

Mas precisa estar no campo de Projetos com valores maiores do que unir para derrotar outrem.

OUTROS VALORES A TER IMPORTÂNCIA

O papel de Cássio como principal algoz de Dilma e do PT, a postura golpista do PMDB avalizada pelo senador José Maranhão e o posicionamento do deputado federal Manoel Junior ao lado e defendendo Eduardo Cunha são elementos a interferir, sim, na composição da chapa e no futuro dela.

Cassio foi, a rigor, o principal responsável pela Aliança e indicação de Manoel Junior, seu aliado há tempo, mesmo que ultimamente tenha se retraído como a indicar problema interno a se resolver. O Senado tucano quer comandar tudo e o prefeito parece não abrir mão.

Alias, para Luciano seria mil vezes melhor um nome sem vínculo com problemas éticos do que a realidade vivida por ele.

CONCLUSÃO

Com a ausência de Cássio na campanha de Luciano mais ostensivamente e o papel dividido do PMDB liderado por Maranhão, eis um terreno fértil para agilidade de Ricardo Coutinho deixando seus adversários nas cordas do ringue político do ponto-de-vista conceitual.

Dentro deste contexto, Cida emerge na Convenção como candidata firme e com identidade ideológica e política tratando a Política além dos conchavos.

E isto pode interferir bastante.

Quem viver, verá.


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