“Um dos grandes avanços da civilização humana foi a troca do direito de vingança pessoal - olho por olho, dente por dente, onde só o mais forte consegue impor consequência pelo dano sofrido - pelo monopólio da força pelo Estado, que é uma instituição movida pela promoção da justiça e da racionalidade. Isso significa que o valor do preso no Brasil – ou em qualquer lugar do mundo - não deve ser medido por quanto ele custa ao Estado, mas pela capacidade do Estado promover justiça, tanto em relação aos criminosos quanto às vítimas.
'Alternativa ao monopólio da força pelo Estado é o retorno à barbárie'
O grande problema é que, no nosso país, há distorções nesse sistema, que impedem que o ciclo de justiça aconteça, o que gera na sociedade a sensação de impunidade: o crime na maioria das vezes compensa, e o criminoso quando é condenado pelo sistema de justiça criminal é um ‘custo inútil’, pois o sistema prisional, em vez de ressocializar, só abastece o crime. É por isso que corrigir essas distorções é tão necessário, até porque a outra opção é o retorno à barbárie.”
Diretor-executivo do Instituto Sou da Paz
Nexo
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