terça-feira, 1 de setembro de 2015

Será a guerra civil?


Jornal do Brasil

A revolta desta segunda-feira (31) de moradores de um terreno no Jardim Clímax, na Zona Sul de São Paulo, que queimaram barracos em protesto contra uma ação de reintegração de posse, é mais um sintoma do grau de tensão e violência que tomou conta da sociedade. A sensação de injustiça, de impunidade, somada às péssimas condições de ensino, saúde e à crise de desemprego transformam o país num barril de pólvora prestes a explodir.


No dia 13 de agosto, também em São Paulo, uma chacina deixou 18 mortos. Até hoje o crime não foi totalmente esclarecido. As investigações indicam que policiais militares conduziram a matança.

No Piauí, um juiz - figura que deveria representar o símbolo da integridade e da honradez - enfrenta processo disciplinar, suspeito de atuação arbitrária e parcialidade em vários processos. O mesmo juiz também responde a ações de desvio de conduta e é suspeito de participação na venda de sentenças e furto de processos da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Piauí.

Moradores põem fogo em barracos em São Paulo

No Rio, comunidades ditas "pacificadas" enfrentam uma rotina de tiroteios. O tráfico volta com toda a força e o confronto entre policiais e bandidos deixam quase que diariamente inocentes mortos. Isso sem contar a conduta suspeita de muitos policiais, constatada em casos que ganharam uma triste repercussão, como na morte de Amarildo, na Rocinha, e de Claudia, arrastada por uma viatura da PM após ser baleada no Morro do Congonha.

Quando segmentos e personagens da segurança e da justiça, que deveriam ser um dos principais alicerces da sociedade, dão o mau exemplo, o que esperar? O povo já tem respondido, com fogo e ira.


Jornal do Brasil


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