sábado, 2 de maio de 2015

A Elite refundou a CUT e outros Movimentos



 Walter Santos

De combalida à revigorada CUT

Quando em Junho de 2013 uma multidão de brasileiros foi às ruas, a partir de São Paulo, exigir decência na vida pública nacional e mais qualidade nos serviços prestados à população – em particular da Mobilidade (transportes públicos), o Brasil passou a conviver com uma novidade sociológica, que foi tudo acontecer sem Centrais Sindicais, partidos ou personalidades à frente da revolta.


O movimento, a rigor, era contra todos os Governos e instituições mas tudo caiu sobre os ombros da presidenta Dilma Rousseff.

Veio o tempo seguinte e a onda de denúncias da Operação Lava Jato fez o Brasil intuir que, depois do resultado apertado entre Dilma e Aécio, estava sendo inaugurado um novo tempo até com possibilidade de afastamento da presidenta reeleita. O alvo, na verdade, sob o comando da Justiça e do Ministério Público não era ir a fundo e apontar todos os culpados dos desvios da Petrobras, pois o interesse maior era (e é) acabar com o Partido dos Trabalhadores – este mesmo que promoveu as mais fortes reformas dos últimos tempos.

Como ficou desmascarado todo o Plano entre Grande Midia, parte do Judiciário e do MPF, além de setores da PF fazendo trabalho seletivo protegendo lideres da Oposição, eis que a sanha da Direita e dos conservadores acabou que ressuscitando a combalida CUT – Central Única dos Trabalhadores e os demais Movimentos Sociais quando deram de bandeja o debate sobre Terceirização e Redução da Maioridade Penal.

Em síntese, as bandeiras perdidas pela CUT e Movimentos Sociais foram reestabelecidas e chegam neste 1º de Maio sinalizando para uma nova etapa no debate político nacional podendo reverter a aprovação desses dois temas, da mesma forma que gerou novo tempo na relação da presidenta com a sociedade brasileira dando-se ao luxo de se pronunciar sobre o Dia do Trabalhador nas Redes Sociais deixando de lado a opção pelas TVs tradicionais como o mais duro recado de que não se submeterá a golpismos construídos por quem usufrui de beneficio público, como é a concessão de exploração de rádio e TV.

Trocando em miúdos, a sabedoria popular brasileira mais a consolidada Democracia em nosso País dão demonstração de que temos sobriedade e posição firme para corrigir rumos e distorções sem a opção do Golpe.

Este é o saldo do 1º de Maio de 2015.

A IRA ESTÁ NA ASCENSÃO DOS POBRES

O Brasil convive com a ira de setores da sociedade ao PT e seus adjutórios em face das grandes mudanças sociais oferecidas ultimamente pelas políticas públicas inserindo a classe pobre no mundo da cidadania consumindo tudo o que da Classe Média para cima sempre se consumiu.

Ver pobre viajando de avião, comprando carro, tendo apto para morar, produtos eletro-eletronicos, filho de pobre estudando medicina, etc era tudo o que as mentes ricas de materialidade e pensamento pequeno não queriam.

Como o Brasil de fato é País de exercicio da Democracia, então não tem jeito: vai ter que conviver com a igualdade, algo muito mais importante do que a distancia econômica entre pobres e ricos.

Além do mais, as teses de Gilberto Freyre em "Casa Grande & Senzalas) anda muito atual neste últimos tempos.

OS EFEITOS NA PARAIBA

A votação da PEC 4330, da Terceirização, está longe de termina com seus efeitos envolvendo até os deputados federais e senadores da Paraíba.

Vamos ter em breve a votação no Senado sabendo-se desde já que, muito além de pecha ou manobra do PT, a reação contra os parlamentares que votaram a favor da Terceirização tem espectro ideológico e de sobrevivência da classe trabalhadora envolvendo a opinião formadora de muita gente da classe média.

Ninguém se espante se, no futuro próximo, este aspecto de posicionamento da Terceirização barre ou repercute fortemente quem ficou a favor.

Quem viver, verá.

SENADORES

Agora é saber como vão votar Cássio Cunha Lima, José Maranhão e Raimundo Lira.

ULTIMA

"O olho que existe/ é o que vê..."

Wscom


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