quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Apocalipse Adiado
José Roberto de Toledo
O anunciado conflito de titãs entre os Poderes Legislativo e Judiciário acabou em 'tender'. O recesso natalino prevaleceu sobre a beligerância de gabinete. A crise produzida pelo excesso de holofotes se apagou junto com eles.
A troca de presentes verbais entre os presidentes do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional pode ressurgir em 2013, mas, como previu Joaquim Barbosa, será fugaz.
Marco Maia já terá voltado ao baixo clero da Câmara quando o STF se reunir para decretar ou não a prisão de deputados mensaleiros.
Antes de estimular qualquer coisa que se assemelhe a uma crise institucional, magistrados e parlamentares deveriam atentar ao grau de confiança da população nas instituições do País, medido por pesquisa do Ibope.
Mesmo após meses de superexposição elogiosa, o Supremo alcançou 54 pontos num máximo de 100. É melhor do que os 35 pontos que o Congresso marca sempre que a pesquisa é feita, mas não dá para comemorar. Toda vez que Judiciário e Legislativo brigam, ganha o Executivo.
Pesquisa sobre os termos mais pesquisados no Google mostra que o interesse pelo STF já foi maior - o auge foi quando o tribunal julgou o uso de células-tronco. Mesmo Joaquim Barbosa desperta menos curiosidade.
Políticos, juízes e aprendizes de feiticeiro têm a aprender com os bombeiros, a instituição mais confiável aos olhos da população. Sua especialidade é apagar, e não fomentar, fogueiras vaidosas.
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