segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Recife e João Pessoa: chances reais para o PT e a esquerda


Estratégia correta em Recife e crescimento em João Pessoa mostram boas chances no Nordeste

A estratégia corretíssima em Recife e o crescimento constante da campanha de Luciano Cartaxo em João Pessoa mostram que o PT tem tudo para vencer as eleições em várias cidades no Nordeste. Precisa apenas fazer campanha e, com apoio do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma, vencer.

No Recife podemos explorar, ainda, o que fizemos em 12 anos de governo na cidade. Lá, o PT adotou a estratégia de campanha de quem tem dois candidatos. O ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, para prefeito, e o ex-prefeito da cidade por duas gestões, João Paulo.

A ideia na capital pernambucana é aproveitar ao máximo a popularidade dos dois candidatos. A campanha avalia que grande parte dos eleitores não sabe que João Paulo, que além de ex-prefeito é deputado federal pelo PT, é o candidato a vice na chapa. Nosso candidato a prefeito, Humberto Costa, diz que vai usar na campanha a "história e a experiência" da chapa petista (12 anos de experiência na gestão da cidade), em contraponto ao candidato do governador Eduardo Campos (PSB-PE), Geraldo Júlio, que disputa sua primeira eleição.

João Pessoa: chances reais

Já em João Pessoa, o deputado estadual pelo PT, Luciano Cartaxo, aparece cada vez mais com chances reais de ganhar. Além da coligação com PPS, PP e PRB, nosso candidato é apoiado pelo atual prefeito, que rompeu com o governador Ricardo Coutinho, eleito com apoio do PSDB e DEM, derrotando Maranhão, apoiado por nós com Rodrigo Soares de vice. A rejeição alta de Lucena e Maranhão pesa a nosso favor...

Por telefone neste sábado pela manhã, Rodrigo disse que a campanha está crescendo. “Fizemos na noite da quinta-feira o primeiro comício de todas as campanha no bairro Cruz das Armas, na comunidade Rua do Rio, com milhares de pessoas, muita gente mesmo”, disse. A campanha conta com a participação do atual prefeito Luciano Agra e de dois vereadores do PDT, embora o partido deles faça parte de outra coligação.

“É com trabalho, é com respeito, é Luciano meu prefeito”

Na pesquisa Ibope divulgada nesta sexta (10), nosso candidato, Cartaxo, aparece com 14%. Na pesquisa anterior, há alguns meses, tinha algo entre 4% e 5%. Mas, o detalhe significativo, além do crescimento da candidatura, está nos índices de rejeição.

Enquanto os atuais líderes nas pesquisas, João Maranhão (PMDB) e Cícero Lucena (PSDB), aparecem em empate técnico com 27% e 26%, respectivamente, suas rejeição também são altas: 35% disseram que jamais votariam em Maranhão e 30% viraram a cara para Lucena. A quarta candidata é Elizabel Bezerra (PSB). Na pesquisa ela teve 9% de intenções de voto, mas conta com uma rejeição de 29%.

Também funciona como importante termômetro a recepção carinhosa que Cartaxo está tendo da população por onde passa. Com a palavra de ordem “É com trabalho, é com respeito, é Luciano meu prefeito”, ele foi muito cumprimentado pela população na caminhada que fez antes do comício.

Concorrentes são políticos tradicionais da Paraíba

Maranhão passou quatro vezes pelo governo do Estado. Obteve o último mandato no tapetão da Justiça Eleitoral. Perdera a eleição de 2006 para o tucano Cássio Cunha Lima, cassado pelo TSE em 2008. Como segundo colocado, Maranhão herdou a poltrona de governador. Em 2010, tentou a reeleição. Foi batido por um ex-aliado, Ricardo Coutinho (PSB). Agora tenta a sorte na prefeitura.

Lucena também já foi governador. Em 1990, elegera-se como vice na chapa de Ronaldo Cunha Lima, pai de Cássio. Em abril de 1994, o titular deixou o posto para concorrer ao Senado. E Lucena, nessa época ainda no PMDB, assumiu o governo no que restava do último ano de mandato.

No PSDB desde 2001, Lucena é, hoje, senador. Carrega na biografia uma passagem pela cadeia. Eleito prefeito de João Pessoa em 1996, reelegeu-se em 2000. Cinco anos depois, a Operação Confraria, conduzida pela Polícia Federal, detectou malfeitos em sua gestão. Acusado de formação de quadrilha, Lucena foi preso em 21 de julho de 2005.

Ainda inconcluso, o processo corre em segredo de Justiça. A despeito das acusações, Lucena foi eleito senador em 2006. Prevaleceu na disputa sobre o rival Ney Suassuna (PMDB). Agora, pede voto aos paraibanos para retornar à prefeitura.

Blog do Dirceu

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