O movimento começou pelo Facebook.
O primeiro seminário Infância Livre de Consumismo – por uma proteção legislativa da criança frente aos apelos mercadológicos, realizado dia 9 de agosto pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados foi solicitado por mães, pais e cidadãos inconformados com a publicidade dirigida às crianças, que fazem parte do movimento Consumismo e Publicidade. O Projeto de Lei 5921/2001, que trata do assunto, está tramitando na Câmara dos Deputados há 11 anos.
A ação foi iniciada por meio do Facebook e já possui, até o fechamento desta matéria, sete mil membros. A iniciativa tem como foco problemas como consumo excessivo, obesidade, erotização precoce e uso precoce de tabaco e álcool.
De acordo com a representante do movimento, Vanessa Anacleto, acredita que maior problema são os valores que a publicidade têm apresentado aos jovens. “Estamos precisando de uma regulamentação urgente. Nós pais não podemos ser responsabilizados pelos efeitos nocivos da publicidade nas crianças”, destacou.
Já a gerente de projetos da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Fernanda Daltro, analisou os valores sustentáveis das propagandas. “Vemos a importância de proteger as crianças da publicidade que passa valores de consumismo e a necessidade de auxiliar os pais na formação das novas gerações baseadas nos valores da sustentabilidade”, afirmou a gerente que também lembrou que o consumismo pode gerar desperdícios e a inversão de valores entre “ter” e “ser”.
A professora e coordenadora do Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Adolescência e Mídia, da Universidade Federal do Ceará, Inês Vitorino, apresentou, durante o evento, uma análise do cenário atual e definiu a publicidade como um sistema parasitário, que se utiliza da fantasia e da afetividade da criança por certos personagens e super-heróis para fidelizá-la às marcas.
Envolverde
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