quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Lula no Recife: choque de gestão é engodo



Lula na campanha no Recife combate o engodo "choque de gestão"


Em sua estreia na propaganda eleitoral de rádio e TV no Recife, em apoio ao nosso candidato a prefeito lá, senador Humberto Costa (PT-PE), o ex-presidente Lula atacou pela primeira vez nesta campanha o discurso do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Para promover seu candidato à Prefeitura do Recife, Geraldo Júlio (PSB), Campos enaltece aquela balela de "choque de gestão", tão nefasta e conhecida dos brasileiros de lá e de além Pernambuco.

O discurso de Campos tem razão de ser: Geraldo, um tecnocrata que disputa sua 1ª eleição, foi secretário de Planejamento e Gestão do Estado em seu governo.

Pois o ex-presiente Lula entrou na campanha recifense exatamente com a constatação: "de vez em quando se inventam palavras mágicas no Brasil. (No momento) fala-se na palavra 'choque de gestão' (...), na palavra 'gestor'". E o ex-chefe do governo pede ao eleitor: "na hora de votar, vote em alguém que, sobretudo, tenha coração, consciência e compromisso com a parte mais pobre da população".

Discurso do ex-presidente dá ênfase à temática da campanha do PT

O discurso do ex-presidente reforça a temática da campanha petista no Recife, centrada na proposta de "cuidar das pessoas" ao invés de focar mais em gerência administrativa e grandes obras, como prometem o governador e seu candidato.

É até certo ponto surpreendente que o governador de Pernambuco tenha o choque de gestão como principal mote da campanha de seu candidato. Choque de gestão é tucano e aecista, invenção do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o principal ponto usado por ele na propaganda de seu governo e para se eleger ao Senado na campanha de 2010.

Choque de gestão nada mais é que demissão de funcionário público e corte de gastos em investimentos e programas sociais. É coisa tipicamente tucana, também alardeada (com menor ênfase) por José Serra quando governador por três anos e pouco em São Paulo - renunciou antes de completar aquele mandato - e pela ex-governadora gaúcha, também tucana, Yeda Crusius.

O esquecimento de Eduardo Campos

Ao elegê-lo como mote da campanha de seu candidato este ano no Recife, o governador Eduardo Campos esqueceu-se que choque de gestão, no caso de Aécio, que mais o alardeou, é uma fraude. Aécio governador deixou Minas falida e com um centro administrativo Presidente Tancredo Neves (seu avô) que é um elefante branco.

Enfim, só dá para compreender que Eduardo Campos tenha escolhido este como o principal tema da campanha de seu candidato, se lembrarmos das afinidades do seu PSB com o PSB mineiro do prefeito Márcio Lacerda - não o PSB do saudoso prefeito de BH, Célio de Castro. E afinidade também com o tucanato, com Aécio Neves e com o ex-deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que até já se propôs ser candidato a vice-presidente na chapa aecista...

Blog do Dirceu

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