Michel Zaidan
0 alter ego desse partido é hoje o Banco Itaú que, aliás, financiou a compra da reeleição de FHC, segundo a amante do ex-presidente tucano. E que tem sido amplamente beneficiado pelo governo. Que o diga o negócio do Nióbio, em Minas Gerais, quando o playboy era governador e seu primo (hoje preso,) presidente da Cemig.
Criado para ser um partido de centro-esquerda no espectro político do país, o PSDB tornou-se o partido do mercado financeiro, auferindo seus parlamentares muitos benefícios dessa espécie de "advocacia administrativa" da banca no Congresso Nacional.
Quando se apresentou a possibilidade do "impeachment" de Fernando Collor de Melo (de quem os tucanos herdaram a agenda política), foram eles os últimos a abandonarem o barco, juntamente com o ex-senador Marco Maciel, que se autonomeou "funcionário da governabilidade", naquele momento. Na verdade, FHC estava prestes a ser nomeado por Collor Ministro das Relações Exteriores. Quando se deram conta que era inevitável o afastamento de Fernando Collor de Melo, saíram "à francesa", bem devagarinho, do governo colorido.
Não é à toa a dança de rato que os tucanos estão fazendo agora, com o sai-não-sai do governo temeroso. Toda hora surge a data do desembarque, e a saída é adiada mais para frente. Nesse momento, fala-se da espera pela denúncia contra Michel Temer na iminência de ser formulada pelo STF/PGR, com base nos áudios da JBS. Estão atrás de uma desculpa para ensaiar o desquite, enquanto vão ficando no governo, mantendo os ministérios e seus foros privilegiados até o fim.
Não se iludam: essa turma não vai "largar o osso" assim tão fácil. Até porque seus ministros estão na Lava-jato e dificilmente terão alguma chance de vitória nas próximas eleições. Os tucanos acham que podem mergulhar na lama, com imunidades políticas. Sujar as mãos com luva de pelica. Estão enganados. O seu tempo político está se esgotando rapidamente nessa curse política, que perdura e se aprofunda. Nem uma escaramuça será capaz de livrá-los da dubiedade, conivência com este governo que está aí.
Brasil 247
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