21ª edição do Grito dos Excluídos acontece dia 1° de setembro em João Pessoa

Com o lema "Que País é este que mata gente, que a mídia mente e nos consome?", a 21° edição do Grito dos Excluídos (as) acontece na próxima terça-feira (1), à partir das 14h, no Cassino da Lagoa. 


Ascom da CUT PB


Sindicatos, movimentos populares, ONG´s, entidades de classe, povos indígenas, LGBT´s, mulheres, negros, jovens, sem terra, e demais forças organizadas da sociedade tomam as ruas de João Pessoa, na próxima terça-feira (1), no Cassino da Lagoa Parque Solon de Lucena, às 14h para realizar o 21° Grito dos Excluídos.

De acordo com Paulo Marcelo, presidente da CUT-PB, o grito é uma maneira de dizer que uma parcela considerável da população, ainda não tem acesso a direitos básicos como educação, saúde e segurança. “O movimento é crescente de ano a ano, até porque apesar de se ter um grande trabalho no processo de diminuição da exclusão, a gente ainda sente as mazelas sociais se proliferando e tirando vidas”, disse Marcelo.

Segundo ele, o projeto que reduz a maioridade penal é exemplo de exclusão, uma vez que tira do jovem o direito as políticas públicas de educação “Precisa ter mais políticas públicas voltadas para a juventude. Os valores estão inversos, pois querem aumentar as políticas de exclusão, quando deveriam fazer o contrário, que é investir em políticas públicas que atendam toda a juventude.

O lema intitulado “Que país é este que mata gente, que a mídia mente e nos consome?” abre o diálogo em torno da democratização da comunicação no Brasil e como os meios de comunicação ferem a Constituição Brasileira. No Capítulo V, artigo 220 a 224, a comunicação social é entendida como um direito básico e fundamental do cidadão. O direito à comunicação é expresso em poucas palavras no § 5º “Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.” Há muito, o que se lutar para que tal panaceia se torne realidade.

Segundo Gleyson Melo, da Consulta Popular, o Grito dos Excluídos tem uma essência de unidade para as diversas bandeiras de luta dos movimentos populares. “É o momento de ir para as ruas, tanto no sentido de colocar as bandeiras especificas, como também de apontar a necessidade de uma luta maior, de uma luta que unifique todas as organizações sem deixar de abrir mão daquilo que os movimentos fazem todos os dias, que é lutar pelas pautas reivindicatórias”, explicou.

De acordo com o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), o número do controle da grande mídia encolheu, passou de oito para seis grupos. Em artigo divulgado sobre os barões da mídia, a nova estatística é resultado da diminuição de famílias controlando os meios de comunicação. “Foram retiradas da lista as tradicionais famílias Bloch, Levy, Nascimento Brito e Mesquita, que não exercem mais controle direto sobre seus veículos de comunicação. Civita, Marinho, Frias, Saad e Abravanel - além dos Sirotsky, à frente da Rede Brasil Sul (RBS) nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul - são os clãs que comandam o oligopólio midiático no Brasil”, diz o texto.

Confira os eixos centrais do 21° Grito dos Excluídos (as)

1-TERRA, ETNIAS E AGROECOLOGIA(mst,cpt,mab, mpa, tabajaras, potiguaras,quilombolas);

2-CONTRA AS OPRESSÕES E VIOLÊNCIAS(lgbt, mulheres, jovens, negros);

3-TRABALHO E PERDA DE DIREITOS(movimento sindicato e entidades de classe);

4-DEMOCRACIA, REFORMA POLÍTICA E MÍDIA(movimentos em defesa da democratização da comunicação, os comitês pela constituinte e cursos do sistema político);

5-DIREITO Á CIDADE E MOBILIDADE URBANA (Movimentos de moradia, em defesa do transporte público, ciclistas, cobradores e motoristas)