quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A Teologia da Enxada Quarenta Anos Depois


Eduardo Hoornaert.

A teologia da enxada foi elaborada em 1969, 43 anos atrás. Como, no ano 2012, celebramos a memória dos cinquenta anos do concílio Vaticano II e dos quarenta anos da teologia da libertação (o livro de Gustavo Gutiérrez é de 1972), vale a pena rememorar igualmente a teologia da enxada que, afinal, pertence ao mesmo universo de iniciativas e sonhos. A editora Vozes publicou em 1978 um pequeno livro, intitulado ‘Teologia da Enxada’, que apresenta os documentos originais dessa experiência. Nesta comunicação pretendo trabalhar basicamente sobre os dados contidos nesse livro. 

O que causa estranheza é que o mentor dessa teologia, o padre José Comblin, já em maio de 1975 escreve: ‘essa experiência pertence ao passado’. A teologia da enxada teve vida curta. Na sua qualidade de experiência de formação presbiteral, só funcionou seis anos. Mesmo assim, quer me parecer que esse curto período de experiência ainda hoje merece nossa consideração. Aviso de início que, nesta comunicação, não analiso os ulteriores desdobramentos dessa teologia. Como vou me restringir a um período tão breve, é normal que surja a pergunta: por que estudar ainda uma experiência tão curta e que terminou tantos anos atrás? Ela ainda tem algo a nos dizer hoje? Será que não pertence irremediavelmente ao passado? Ou, pelo contrário, contribui até hoje para nossa reflexão? 1. Em primeiro lugar, situemos a expressão ‘teologia da enxada’ em seu devido contexto. O que impressiona o leitor de hoje no livro acima mencionado é que o termo ‘teologia da enxada’ só aparece no título e na contra-capa. O próprio Comblin não fala em ‘teologia da enxada’, mas em ‘experiência’, ‘método’ e ‘programa de vida’. Ele também fala em ‘risco’, e com isso a experiência de 1969 se situa imediatamente dentro do contexto vivido por ele e por alguns seminaristas do Instituto de teologia de Recife (ITER) no final dos anos 1960. Em 1965, Dom Helder chamou Comblin de Santiago do Chile para Recife, onde ele assumiu logo a tarefa de prefeito dos estudos no ITER. Começou a mexer no currículo, no sentido de aproximar os estudos da realidade vivida. Tratava-se de inserir no programa estudos de psicologia, sociologia, história (ainda não economia nem política) antes da abordagem da teologia propriamente dita. 

Apesar desses esforços, nove seminaristas não ficaram satisfeitos com os estudos do ITER e expressavam (Comblin cita palavras de um deles) ‘insatisfação com o tipo de estudo e o desejo de aprender a ser pastor e servidor do povo de Deus na simplicidade’. ‘Optar pelo meio de origem, o mundo do campo. Para tal receber uma cultura adequada’ (Teologia da Enxada, 1978, pp. 9-10). Essa contextualização mostra que o termo ‘enxada’ não deve ser entendido num sentido restritivo. A enxada entra aqui como uma metáfora, ou seja, um símbolo. O que importa é o método pedagógico, o que implica em definir Comblin antes de tudo como educador, conforme realça Luis Carlos Susin no livro ‘Novos Desafios para o cristianismo: a contribuição de José Comblin’ (Paulus, São Paulo, 2012). 

2. Apresento brevemente a experiência, tal qual vai descrita no livro de 1978. Em termos simples, sem adjetivações, Comblin escreve que ‘em 1969, nove seminaristas resolvem viver alguns anos numa região rural: 5 em Salgado (PB) e 4 em Tacaimbó (PE)’. No primeiro ano, os estudantes estudam a ‘realidade’ em 14 temas: a casa, a comunidade local, a terra, o trabalho, a refeição, o corpo, a festa, o nascimento, os santos, paternidade, pobres e ricos, fraternidade, relação homem-mulher, a vida. No segundo ano, estudam a figura de Jesus em 12 temas: vida terrestre de Jesus, paixão e morte, ressurreição, espírito santo, Maria mãe de Deus, eucaristia, Deus pai, milagres de Jesus, reino de Deus, Jesus no meio dos homens, a condição humana de Jesus, a vinda de Jesus. No terceiro ano, os seminaristas estudam a moral em 11 temas (desde agora cada roteiro é explicitamente dividido em três partes: inquérito, teologia, agir): a felicidade, piedade ou religião, a lei de Deus, justiça, sexualidade, riqueza e desenvolvimento, a caridade, a fé, o pecado, a doença, a morte. Eis o programa. O orientador exige relatórios pormenorizados acerca de cada tema: uma tarefa árdua, que mexe com a maneira de pensar e agir dos estudantes. O trabalho é intenso e os dias estão repletos. Principalmente o trabalho intelectual é exigente. Num depoimento de agosto 1969, um deles confessa: ‘Dentro da casa, há dias em que não podemos nos levantar da mesa, tal a intensidade. O difícil consiste em partir sempre de dados concretos. Não adiante consultar livros, há de se partir da observação direta. Copiar textos foge ao objetivo de um tal tipo de estudo, fundado sobre dados concretos’ (livro de 1978, p. 15). 

Desenha-se um novo tipo de relação entre estudo e vida, e isso mexe muito com os estudantes, como se pode verificar nos relatórios, penosamente copiados e datilografados, onde se pode ler sempre o mesmo refrão: é preciso partir sempre de ‘dados concretos’, não de livros ou doutrinas estabelecidas. O plano de estudos acima citado é apresentado por Comblin em dezembro 1971 mas, apenas quatro anos depois, em maio 1975: ele escreve que ‘a experiência terminou. Dos nove iniciantes, 5 são sacerdotes (João Pessoa, Teresina, Caicó, Iguatu, Própria), dois são servidores leigos (um deles com votos recebidos pelo bispo), e três abandonaram’ (veja o livro de 1978). 

Comblin constata que ‘essa experiência pertence ao passado. Não foi renovada e tudo indica que não reaparecerão as circunstâncias que lhe deram origem. O passado, porém, é capaz de estimular novas experiências’. Como interpretar essa frase? Comblin não explicita esse ponto, mas o próprio ‘plano de estudo’ de 1969 mostra que ele quis elaborar algo que ultrapassasse uma experiência de formação presbiteral. Na realidade, ele estava pensando, aqui como sempre, num ‘método pedagógico’. O plano de estudo proposto aos seminaristas, descrito de forma muito modesta, é na realidade uma proposta metodológica que excede a experiência eclesial. Quem consulta atentamente a concatenação e organização dos três roteiros publicados no livro de 1978 (antropologia, cristologia, moral, eclesiologia, sendo que o roteiro desse último tema está em falta), percebe o que isso significa. 

3. A simplicidade com que a teologia da enxada foi apresentada pode ocultar sua real dimensão pedagógica, que só aparece em plena luz quando comparada à tradicional pedagogia da igreja. Pois aqui se trata de pedagogia, da maneira em que a igreja a percebeu desde o século II, quando se criou um método a partir da tradição grega de ‘katechèsis’, que significa ‘ensino oral’. Entrando em contacto com a cultura grega, a igreja descobre que ela tem de se tornar catequista. Trata-se de situar o cristão no mundo a partir da fé. Mas acontece que, ao longo dos séculos, principalmente a partir do século IV, a ideia de catequese foi adulterada por causa do crescimento do poder na igreja e da igreja. Aos poucos, a doutrina, originalmente elaborada para ajudar as pessoas no mundo em que viviam, foi utilizada para servir de instrumento do fortalecimento do poder da hierarquia. Com isso, ela se tornou sempre mais apologética, ou seja, serviu para lutar contra as heresias, que contestavam as autoridades eclesiásticas estabelecidas. A luta pela hegemonia criou o dogmatismo e, ao mesmo tempo, um novo tipo de catequese. A bíblia começou a ser lida como se fosse um manancial de doutrina. Percebemos isso com clareza quando observamos como, nos últimos quinhentos anos, a catequese serviu para manter o poder da hierarquia estabelecida. 

Quando o frade agostiniano Martinho Lutero começou a dizer que a última referência é a bíblia, a resposta da igreja foi o concílio de Trento, que taxou a experiência de Lutero de ‘protestantismo’, ou seja, de heresia. O catecismo de Trento foi elaborado para afirmar a verdade católica contra a heresia protestante. E quando, no final do século XVIII, a revolução francesa promulgou a democracia como forma de governo, o concílio Vaticano I (1870) se apressou a proclamar o dogma da infalibilidade papal, diametralmente oposto à ideia da democracia. Enfim, podemos dizer que, com o tempo, a catequese perdeu sempre mais seu caráter propriamente educacional. 

4. Será que o Vaticano II conseguiu mudar as coisas e restituir a antiga pedagogia da igreja? O concílio conseguiu realmente repensar o catecismo na sua qualidade originária de educação? Vejamos o que aconteceu com o ‘novo catecismo’ de 9/10/1966, expressão típica do pensamento da ala progressista do Vaticano II, propagado na Holanda sob os auspícios do episcopado nacional. Esse catecismo pretendia expressar o espírito do Vaticano II aos fiéis da Holanda, mas sua influência alcançou o universo católico todo. A edição brasileira é de 1968 (pela Herder de São Paulo). Será que esse catecismo realmente criou uma nova educação cristã? - Em primeiro lugar, o próprio papa Paulo VI, árduo defensor do Vaticano II, não gostou desse catecismo. Ele manifestou restrições ao tratamento dado a pontos como a virgindade de Maria, o ‘caráter satisfatório do santo sacrifício da missa’ e a existência de anjos e demônios. Instalaram-se diversas comissões e em 15/10/ 1968 veio o parecer definitivo da comissão dos cardeais, que admitiu o uso do catecismo com uma série de restrições: o catecismo só pode ser editado com uma introdução que salvaguarda questões sobre redenção, sacrifício da eucaristia, virgem Maria, anjos e demônios, alma humana, pecado original, vida futura, hierarquia, milagres, pontos precisos de moral. Isso levou a um impasse. As autoridades tiveram medo de mexer com o peso enorme de controvérsias acumuladas durante séculos (contra Ário, contra Pelágio, contra os franciscanos, contra Lutero, contra a modernidade, etc., uma lista sem fim). O catecismo holandês pisou em falso, não conseguiu sair do círculo vicioso da doutrinação. Não criou um novo método. Isso se verifica quando se lê que os bispos da Holanda declararam no prólogo que esse catecismo tinha de partir dos ‘fundamentos’. Não da observação do mundo como ele é, mas da doutrina. O catecismo holandês seguiu, no fundo, a tradicional linha da doutrinação - O segundo problema do catecismo holandês está expresso no subtítulo que reza: ‘ensino da fé para adultos’ ou ‘fé para adultos’. Na época se falava muito de ‘fé adulta’, uma expressão que deixa margem para dúvidas. A ‘religiosidade popular’ é ‘fé adulta’? O catecismo não responde a essa pergunta, mas o tom geral do texto deixa transparecer que a ‘fé do povo simples’ é insuficiente, para não dizer infantil. Não é ‘fé adulta’. Aliás, essa questão da ‘religiosidade popular’ veio permanentemente à tona, em meios clericais, ao longo dos anos 1960-1990. Era um tema sempre presente no programa dos encontros do clero naquele período. O clero não sabia como coadunar as promessas, as devoções aos santos, as romarias e preces populares, enfim, o catolicismo efetivamente vivido, com o que estava escrito nos documentos do Vaticano II. Faltava o método. 

5. Depois de muitas escaramuças, o Vaticano retomou as rédeas e editou em 11/10/1992 o ‘catecismo da igreja católica’ que nada mais é que um prolongamento, em linguagem atualizada, dos catecismos clássicos. Tudo parte da doutrina. ‘Transmitir a fé de geração a geração’ significa basicamente transmitir uma doutrina. Quem folheia hoje o catecismo de 1992 logo detecta os quatro pontos principais, amplamente conhecidos por todos os católicos: a profissão da fé (ponto forte: o credo); a celebração do mistério cristão (ponto forte: os sete sacramentos); a vida em Cristo (ponto forte: os dez mandamentos); a oração cristã (ponto forte: o pai nosso). Depois de 1992, o papa recomenda aos episcopados nacionais a elaboração e propagação de ‘livros da fé’ que sejam de leitura agradável e bom acabamento gráfico, com fotos, textos poéticos, papel de primeira qualidade etc. Tudo dentro da ideia de uma igreja mais cordial, mais acessível. Mas o esquema permanece o mesmo: a vida do homem consiste em conhecer e amar a Deus. Por conseguinte, é preciso transmitir a fé. Eis o método tradicional, que muitos consideram imutável. 

6. É diante desse pano de fundo que aparece a originalidade e consistência do método de Comblin acima exposto. Lembro que no programa do primeiro ano da teologia da enxada nem aparece o nome ‘Deus’ de forma explícita. Trata-se de situar o estudante na vida dos homens. Só no segundo ano vem a referência a Deus por meio da apresentação da vida e da ação de Jesus Cristo. Eis a novidade do método combliniano: partir da vida tal qual é vivida concretamente. Esse método não caiu do céu, mas é devedor de diversas influências. Em primeiro lugar, é preciso lembrar que Comblin estudou no seminário de Malinas, na Bélgica, no momento em que José Cardijn, o sacerdote belga fundador da Juventude Operária Católica (JOC) nos anos 1940, criou um método de formação de jovens operários(as) baseado no lema ‘ver, julgar, agir’. Ora, quando José Comblin chega ao Brasil em 1958, está imbuído da metodologia de José Cardijn: ele inicia seu trabalho aqui com a JOC. Um segundo encontro fecundo é com Paulo Freire e sua educação a partir de ‘temas geradores’. Como realça Luiz Carlos Susin de forma apropriada no livro acima citado, o método José Comblin tem muito a ver com o método Paulo Freire. A diferença entre mestre Comblin e mestre Freire é aparente. Ambos são eminentes educadores, embora atuem em campos diferentes. Ambos inovem em termos de educação. Os ‘temas geradores’ de Freire correspondem aos ‘roteiros’ de Comblin. É comum ouvir dizer, hoje, que a educação escolar no Brasil não presta, mas poucos apresentam um método novo. Aqui entra Paulo Freire, que diz que a educação tem de partir das situações vividas no dia-a-dia. Elas geram a reflexão e desse modo originam a educação, toda orientada para a ação. Quem nasceu e se criou numa casa de taipa enxerga o mundo de forma diferente de quem se criou num apartamento de luxo. Eis o subentendido do roteiro dos primeiros 14 temas da teologia da enxada: a casa (o apartamento), a rua, o bairro, o trabalho, o dinheiro, o corpo, o sexo, a festa, etc. Esses temas geradores de educação levam o estudante para além da religião, da formação eclesiástica e da igreja. Por isso se pode dizer que, mais importante que Comblin teólogo, é Comblin pedagogo. A teologia da enxada é um método pedagógico que excede de longe as experiências seminarísticas concretas de Salgado de São Félix e Tacaimbó. É o método Paulo Freire aplicado à situação concreta da formação sacerdotal, mas que nela não se esgota. Para além da religião ou da fé cristã, esse método assume um de caráter universal. Comblin figura ao lado de Paulo Freire (e de Ivan Illich, igualmente mencionado por Luiz Carlos Susin) como expressão de uma pedagogia nova que nasce na América Latina na década de 1960 e tem aplicações universais. 

7. Quem estuda pelo método da teologia da enxada é capaz de captar a maneira em que José Comblin enxerga os cinquenta anos do concílio Vaticano II. Em 2011, poucos meses antes de morrer, ele foi solicitado a escrever algo sobre esses cinquenta anos para uma revista de Nicarágua. O texto está na internet sob o título: ‘O concílio Vaticano II cinquenta anos depois’. Inesperadamente, mestre Comblin afirma que é preciso olhar mais para 1968 (a revolta dos estudantes) do que para 1962 (o concílio). 1962 ‘já era’, agora é preciso concentrar a atenção em 1968. Ele escreve: ‘Em 1968 começava abruptamente uma revolução total que atingiria todos os dogmas e toda a moral tradicional, assim como todas as estruturas institucionais da igreja e de toda a sociedade. As manifestações exteriores da revolução dos estudantes em todo o mundo ocidental desenvolvido foram reprimidas com facilidade e, por isso, muitos pensaram que seria um episódio sem consequências importantes. Na realidade, era o começo de uma nova era que prossegue hoje em pleno desenvolvimento’. Isso significa que hoje estamos em pleno ‘período 1968’. Aí Comblin assinala cinco pontos dessa revolução: - Crítica radical de todos os sistemas de autoridade; - Livre exercício do pensamento; - Revolução feminista; - Aparição da sociedade de consumo; - Capitalismo sem leis. Essa listagem de pontos positivos e negativos serve para aguçar nossa capacidade de ‘ver’ o que se passa em nosso redor, para – em seguida – ‘julgar’ e ‘agir’. É diante de reflexões como essa que se entende o sentido verdadeiro da chamada ‘teologia da enxada’. Trata-se de um ‘método’ revolucionário de olhar para o mundo, descobrir nele sinais de mudança, refletir e finalmente agir. 8. Para terminar aponto umas sugestões para eventuais futuros estudos sobre o ‘método José Comblin’. É uma lista de alguns pontos que me vêm à memória pelo momento. Deve haver muito mais pontos a serem aprofundados. - ver até que ponto a teologia da enxada pode ser considerada uma chave de leitura de toda a obra de Comblin. - compreender a necessidade de se ‘reinventar’ sempre as pastorais sociais a partir do método ‘ver, julgar, agir’. Percebe-se hoje uma reflexão maior na linha da participação crítica em vez de oposição frontal. - na organização recorrer ao princípio associativo, que Comblin recomendou tanto. - estudar o método atual das escolas missionárias fundadas por Comblin e ver como evoluem essas experiências. - verificar até que ponto se pode dizer que a luta pelos direitos humanos constitui a nova estratégia da teologia da libertação, como se diz nos últimos tempos. Isso tem fundamento, pois nos últimos dez anos (depois dos ataques de 11/09/2001), o tema dos direitos humanos, em escala mundial, entrou em retrocesso. Os Estados Unidos passaram repetidas vezes por cima de direitos humanos, declararam guerra a Afeganistão e Iraque sem permissão do conselho de segurança da ONU e hoje sustentam o estado de Israel, que transgride os direitos humanos de forma sistemática. A grande mídia não reage. Além disso, as forças financeiras e o poder da mídia cresceram tanto nos últimos dez anos, que os políticos hoje preferem não falar em direitos humanos. O universalismo dos direitos humanos hoje cede lugar a novos nacionalismos, como verificamos em relação ao islã. Podemos dizer que hoje, os direitos humanos funcionam para 1 % da população, os super-ricos. Os pobres, pelo mundo inteiro, assistem à progressiva deteriorização de seus direitos. A coisa tende a piorar e aí se faz necessária, mais do que nunca, uma teologia da libertação.



December 2012 por Eduardo Hoornaert

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