"Quando pensamos a história, nos voltamos para o futuro. Ao mostrar o processo de privatizações que ocorreu nos anos 90, estamos discutindo o Brasil que queremos construir. Um país livre e independente, que respeite o meio ambiente, as diversas culturas, os saberes ancestrais e todos os povos. Não queremos um projeto de desenvolvimento dependente e irresponsável que vai gerar mais fome e pobreza para o povo e uma insuportável acumulação de riqueza para poucos”.
Assim fala o documentário recém lançado por Silvio Tendler, “Privatizações: a distopia do capital”. A obra revisa a década de 90 no Brasil, período marcado pelo desmonte do estado, pela precarização dos serviços públicos e por privatizações de empresas estatais. O raciocínio era simplório: o estado era o elefante que atrasava o desenvolvimento do país. Com isso em mente, o governo FHC leiloou o Brasil "a preço de banana", entregando as riquezas nacionais ao capital internacional. A mineradora Vale do Rio Doce está aí para provar: foi vendida pelo governo tucano em 1997 por R$ 3 bilhões; um ano mais tarde, ela era avaliada em R$ 10 bilhões. O Brasil terminou os oito anos de governo tucano de joelhos frente ao FMI, com desemprego, altas taxas de juros, arrocho salarial... Qualquer um que lembre daquele tempo não quer voltar.
Ainda que a história deixe muito claro, tem quem insista em não ver: a tática neoliberal de desmonte do estado, submetendo-o aos interesses do mercado, falhou. O estado precisa ser ativo e em favor do povo. Frente a crise, há quem faça a população pagar; por outro lado, há quem proteja o trabalhador: Dilma enfrentou a maior crise dos últimos tempos criando vagas de emprego e valorizando salários! Pois que “Privatizações” nos ajude a resgatar a memória da década perdida e, assim, não permita que o Brasil cometa o mesmo erro outra vez. É o patrimônio de todos os brasileiros que está em jogo. Não vamos retroceder.
Muda Mais
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