A disputa político-eleitoral em curso no País não é um fato isolado das lutas do povo brasileiro, nem terreno exclusivo dos candidatos e partidos. Tem tudo a ver com os movimentos sociais.
Na história recente, os grandes embates dos movimentos populares tiveram como eixo a luta pela democracia, por direitos sociais e em defesa da soberania nacional. Com o fim da ditadura militar e a promulgação da Carta Magna em 1988, os primeiros governos eleitos sob o novo sistema democrático não atuaram no sentido de garantir essas conquistas. No fim dos anos 1980 e em toda a década de 1990, a partir do governo Collor, e principalmente durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, as reformas neoliberais atacaram os direitos do povo e massacraram os movimentos sociais.
Mesmo tendo havido muita luta popular, a “Era FHC” conseguiu desmontar o Estado, desnacionalizar a economia com dependência financeira externa e realizou privatizações criminosas. No plano social, foram duros os cortes de direitos trabalhistas, o arrocho salarial e o aumento do desemprego.
Grandes manifestações eclodiram pelo país como a Marcha dos 100 mil, realizada em agosto de 1999, em Brasília. Sob a organização dos movimentos sociais, a marcha também protestava contra a corrupção do governo federal, além de condenar a perseguição ao movimento sindical e as políticas de privatizações do Estado.
A vitória de um representante do povo, em 2002, inaugurou um novo ciclo político no país e a decadência nacional começou a ser revertida. No plano social, a luta contra a desigualdade e por uma sociedade mais justa foi ampliada, e a implantação do programa de distribuição de renda conhecido como Bolsa Família transformou a luta social contra a miséria e a desigualdade em uma questão essencial da gestão das políticas públicas.
O programa Bolsa Família garantiu a maciça adesão da população mais pobre e foi uma ação reconhecida internacionalmente, que levou Lula a ser conhecido pelo resto do mundo. O novo ciclo vivido no Brasil, após a vitória de Lula, foi marcado por acirrada batalha política, em meio à qual a democracia floresceu, a soberania nacional foi fortalecida e o povo obteve conquistas em todas as áreas.
Ao longo destes 12 anos, os governos de Lula e Dilma atenderam as organizações e entidades sociais. A presidenta Dilma inúmeras vezes falou sobre escutar as vozes das ruas e tomou atitudes governamentais no sentido de atender as reivindicações populares.
Uma demonstração cabal da disponibilidade da presidenta Dilma para dialogar com os movimentos sociais é a criação da Política Nacional de Participação Social que tem por objetivo fortalecer as instâncias democráticas e garantir a atuação conjunta entre o governo e a sociedade. Entretanto, a oposição conservadora e a grande mídia vêm bombardeando o projeto, tentando desqualificar este significativo mecanismo de participação popular.
Atualmente estamos num período de conquistas, em que o país consegue aliar desenvolvimento com distribuição de renda, democracia, mais participação popular e ainda se destaca na luta pela integração latino-americana e no protagonismo internacional. Desse modo, o movimento social exerce papel ativo, apresentando propostas e dialogando com o governo, além de realizar mobilizações de massas. A luta hoje é para ampliar as conquistas, manter o país no caminho do desenvolvimento e da geração de renda.
No embate político-eleitoral, há dois caminhos opostos para os movimentos populares trilharem. Continuar ampliando e aprofundando as mudanças de sentido progressista, ou retroceder, com a perda das conquistas alcançadas. Na medida em que a campanha eleitoral se desenvolve, vai ficando claro que são as propostas da presidenta Dilma, candidata à reeleição, que apontam para o avanço. É por isso que, crescentemente, os movimentos sociais, através das suas entidades mais representativas, vão tomando posição e se mobilizando em prol da reeleição de Dilma Rousseff.
Vermelho
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