quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Desaparecidos da democracia: quantos e onde?



“Onde está Amarildo?” é o que questionam milhares de internautas e manifestantes nas ruas, desde o dia do desaparecimento de Amarildo Dias de Souza, 43 anos, em julho deste ano. O sumiço do pedreiro levantou muitas discussões. E na manhã desta terça-feira (27), a sede da OAB/RJ abrigou o debate “Desaparecidos na Democracia”.

Entre os assuntos pautados, o foco foi a desmilitarização da polícia militar. Segundo o superintendente estadual de Igualdade Racial, Marcelo Dias, as forças repressivas entram em comunidades para assassinar especialmente jovens e negros. “A atual concepção de segurança é a mesma da ditadura”, criticou Marcelo.

O presidente da Caarj, Marcello Oliveira, participou do encontro e desabafou em sua página de rede social: “Chamava-se Amarildo, mestre de obras. Contudo, poderia se chamar Careli, contínuo da Fiocruz. Vinte anos separam as duas mortes. Em ambos os casos, o contato com a Polícia antecedeu o desaparecimento. Ao longo desses anos, milhares de outros casos notórios se sucederam. No ano de 1995, o jornalista João Antonio Barros publicou no jornal O Dia uma série premiada de reportagens sobre os desaparecidos da democracia. A conexão com a nossa campanha da Memória e da Verdade parece clara(…) O treinamento é o mesmo, os métodos são os mesmos, a dor é a mesma”.

Caarj

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