terça-feira, 24 de setembro de 2013

PT diz esperar que PSB fique ‘ao lado’ de Dilma em 2014


Na semana passada, Eduardo Campos anunciou saída do governo Dilma

Em comunicado divulgado em seu site nesta segunda-feira (23), a Executiva nacional do PT afirmou esperar que, nas eleições presidenciais do ano que vem, o PSB se mantenha "ao lado" da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. A cúpula petista se reuniu mais cedo para discutir a decisão do PSB, anunciada na semana passada, de entregar seus cargos no governo.

O presidente do partido, o governador Eduardo Campos (PE), cogita disputar contra Dilma em 2014.

No documento que reúne as decisões da Executiva, o PT diz que "tanto agora quanto nas eleições de 2014, está em jogo a mesma disputa de projetos que marcou as eleições de 2002, 2006 e 2010", em que o principal adversário do partido foi o PSDB.

"Portanto, tanto no primeiro quanto no segundo turno, a disputa colocará os partidos em dois campos distintos: um deles representado pelos avanços promovidos pelos governos de Lula e de Dilma, e outro, representado pelos governos hegemonizados pelo PSDB, DEM e PPS", continua o texto.

"Neste sentido, esperamos que o PSB se mantenha ao lado do projeto de mudanças que estão em curso no país", completa a nota.

A Executiva ainda diz que os cargos ocupados por petistas em governos (estaduais ou municipais) comandados pelo PSB ou vice-versa, será mantida "diretriz de que os cargos estão sempre à disposição" e que "deve prevalecer o debate programático".


A cúpula do partido ainda decidiu orientar os diretórios nos estados e municípios, e suas respectivas bancadas parlamentares, "a fortalecerem o campo democrático popular, que em 2014 deverá reeleger a companheira Dilma presidenta", diz o documento.

O desembarque do PSB no governo federal foi decidido na semana passada pela Executiva do PSB, que se reuniu em Brasília. O PSB deixou à disposição de Dilma os ministérios da Integração Nacional e de Portos, além da direção de duas empresas estatais ocupadas por integrantes do partido, com seus respectivos postos inferiores.

Após a decisão, Eduardo Campos disse que o partido deixava o governo "para ficar à vontade para fazer o debate sobre o Brasil", admitindo que a maioria do PSB deseja lançar candidato próprio à Presidência em 2014. Ele disse, no entanto, que, no atual governo, o partido continuará apoiando Dilma no Congresso e que "de forma nenhuma", a entrega dos cargos significava aliança com a oposição.

Numa carta que entregou a Dilma oficializando a saída, Campos fez referência à pressão feita por membros do PT para que deixasse os cargos.

"Temos sido atingidos, sistemática e repetidamente, por, comentários e opiniões, jamais negadas por quem quer seja, de que o PSB deveria entregar os cargos que ocupa na estrutura governamental, em face da possibilidade de, legitimamente, poder apresentar candidatura à Presidência em 2014", disse no texto.

G1

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