Na semana passada, Eduardo Campos anunciou saída do governo Dilma
Em comunicado divulgado em seu site nesta segunda-feira (23), a Executiva nacional do PT afirmou esperar que, nas eleições presidenciais do ano que vem, o PSB se mantenha "ao lado" da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. A cúpula petista se reuniu mais cedo para discutir a decisão do PSB, anunciada na semana passada, de entregar seus cargos no governo.
O presidente do partido, o governador Eduardo Campos (PE), cogita disputar contra Dilma em 2014.
No documento que reúne as decisões da Executiva, o PT diz que "tanto agora quanto nas eleições de 2014, está em jogo a mesma disputa de projetos que marcou as eleições de 2002, 2006 e 2010", em que o principal adversário do partido foi o PSDB.
"Portanto, tanto no primeiro quanto no segundo turno, a disputa colocará os partidos em dois campos distintos: um deles representado pelos avanços promovidos pelos governos de Lula e de Dilma, e outro, representado pelos governos hegemonizados pelo PSDB, DEM e PPS", continua o texto.
"Neste sentido, esperamos que o PSB se mantenha ao lado do projeto de mudanças que estão em curso no país", completa a nota.
A Executiva ainda diz que os cargos ocupados por petistas em governos (estaduais ou municipais) comandados pelo PSB ou vice-versa, será mantida "diretriz de que os cargos estão sempre à disposição" e que "deve prevalecer o debate programático".
A cúpula do partido ainda decidiu orientar os diretórios nos estados e municípios, e suas respectivas bancadas parlamentares, "a fortalecerem o campo democrático popular, que em 2014 deverá reeleger a companheira Dilma presidenta", diz o documento.
O desembarque do PSB no governo federal foi decidido na semana passada pela Executiva do PSB, que se reuniu em Brasília. O PSB deixou à disposição de Dilma os ministérios da Integração Nacional e de Portos, além da direção de duas empresas estatais ocupadas por integrantes do partido, com seus respectivos postos inferiores.
Após a decisão, Eduardo Campos disse que o partido deixava o governo "para ficar à vontade para fazer o debate sobre o Brasil", admitindo que a maioria do PSB deseja lançar candidato próprio à Presidência em 2014. Ele disse, no entanto, que, no atual governo, o partido continuará apoiando Dilma no Congresso e que "de forma nenhuma", a entrega dos cargos significava aliança com a oposição.
Numa carta que entregou a Dilma oficializando a saída, Campos fez referência à pressão feita por membros do PT para que deixasse os cargos.
"Temos sido atingidos, sistemática e repetidamente, por, comentários e opiniões, jamais negadas por quem quer seja, de que o PSB deveria entregar os cargos que ocupa na estrutura governamental, em face da possibilidade de, legitimamente, poder apresentar candidatura à Presidência em 2014", disse no texto.
G1
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