segunda-feira, 1 de abril de 2013

Frente ampla e núcleo de esquerda, para governar e lutar


A presidenta Dilma Rousseff tem insistido em seus últimos pronunciamentos na necessidade de governar em coalizão. Defende a parceria comprometida entre todas as forças que integram a ampla base política de sustentação do governo, que envolve parlamentares das duas casas legislativas, governadores de estados e milhares de prefeitos municipais.


Por seu turno, no pronunciamento feito no ato de comemoração do 91º da fundação do Partido, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, assinalou: “O PCdoB avalia como de magna importância a unidade da coalizão aliada – com debate e diálogo – e a sustentação do governo Dilma por extensa base social”.

Citando na mesma solenidade a histórica Frente Brasil Popular e seus ideólogos, João Amazonas e Miguel Arraes, o vice-presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro, Roberto Amaral, também enfatizou a unidade das forças progressistas, populares e democráticas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, pronunciaram-se no mesmo sentido.

São claros sinais de senso de responsabilidade para com os destinos do país e da consciência que têm as principais forças da esquerda e centro-esquerda brasileira quanto à necessidade de marcharem unidas para construir um país profundamente democrático, com desenvolvimento pleno, soberania nacional e progresso social.

Esta unidade entre as forças progressistas é indispensável não apenas para vencer os embates eleitorais, mas também e principalmente, para enfrentar os enormes desafios do Brasil e do povo brasileiro. O país precisa preparar-se para dar uma nova arrancada no rumo do seu desenvolvimento nacional pleno, vencer os entraves objetivamente existentes em decorrência da crise econômica mundial do sistema capitalista e da predominância do capital financeiro-monopolista.

Persistem ainda uma abissal desigualdade social, intoleráveis bolsões de miséria e carências de toda a ordem que, malgrado os enormes avanços alcançados nos últimos dez anos, exigem trabalho aturado do governo e os esforços de toda a sociedade para alcançar uma melhor distribuição de renda, a universalização de direitos e mais elevados padrões de bem-estar social.

A partir da eleição de Lula, em 2002, o Brasil abriu um novo ciclo político, que tem continuidade agora com o mandato da presidenta Dilma Rousseff. A conquista do governo nacional pelas forças progressistas, obra do povo brasileiro, fez o país avançar na instauração de um sistema de governo democrático, participativo e com protagonismo popular.

Mas são ainda enormes os entraves ao pleno desenvolvimento da democracia, porquanto prevalecem no Estado brasileiro fatores de conservadorismo e exerce-se no país um ilegítimo monopólio da informação por meios de comunicação privados a serviço de forças reacionárias e de interesses estranhos aos da nação. É cada vez mais premente, nesse quadro, a exigência de uma reforma política radicalmente democrática.

Encontra-se na ordem do dia também a continuidade e o aprofundamento da inserção soberana do Brasil no mundo, a integração do continente latino-americano, a solidariedade com as nações amigas, a defesa da paz e a cooperação internacional.

O enfrentamento desses agudos problemas é tarefa gigantesca. A sua realização contrasta com poderosos interesses das classes dominantes retrógradas e do imperialismo. A unidade do povo brasileiro, a aliança entre as forças democráticas e patrióticas mais amplas, a mobilização social, enfim, a constituição de ampla frente política e social, tendo por núcleo as forças de esquerda, despontam, nesse contexto, como uma das mais importantes missões dessas forças, com alcance imediato e projeção para o futuro.

Vermelho

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