domingo, 7 de abril de 2013

Poemazinho sobre os males do assistencialismo






Juremir  Machado 


Como dizia o poeta, que país é este?

Que país é este no qual por mero interesse eleitoreiro

Um partido bancou a eleição de um simples torneiro?

Um torneiro sem um dedo, homem, diziam, de meter medo!

E, depois, no lugar dele, elegeram uma guerrilheira,

mulher de faca na bota, que até parece uma pedreira.

Que país é este em que pelo mesmo interesse eleitoreiro

pratica-se um assistencialismo tido por muito nefasto

capaz de gerar resultados que mal dão para o gasto?

E o gasto é um gosto que faz gente lamber os beiços!

Que país é este em que o assistencialismo eleitoreiro

tem levado milhões de pessoas a comer e beber?

A comer, pasme o leitor, todo santo dia.

Ou quase.

Que país é este em que por interesse eleitoreiro

descarado, compra de votos, tudo o que se sabe,

estão levando os pobres a frequentar a universidade

e a acreditar numa tal ideia de diversidade?

Que país é este em que por interesse eleitoreiro

abriram os aeroportos e os aviões aos eternos pedestres,

congestionando as nuvens com sertanejos universitários?

Que país é este em que por interesse eleitoreiro

deram cartão de crédito aos primitivos rupestres

e inventaram cotas para quebrar o universalismo branco?

Tudo isso aos solavancos, tudo no mesmo tranco.

Que país é este em que no lugar do universal abstrato,

por coincidência sempre branco e masculino,

põe-se em cena o concreto, preto, pardo, índio e feminino?

Que país é este em que por interesse eleitoreiro

rouba-se, compram-se votos, corrompem-se deputados,

quase de todos de partidos amigos e aliados num mensalão depois do outro?

Que país é este que aceita esse interesse eleitoreiro

devastador, perverso, ressentido, amargo, violento

que se não for contido rapidamente, a tempo,

vai acabar mudando a sociedade?

E, o que é pior: mudando para melhor.

Sem dúvida, é preciso tomar providências.

São muitas, claras e graves as evidências

De que caminhamos para o inaceitável:

uma nação capaz de sentir-se meia dona do seu patrimônio,

Ou, ao menos, menos indigente.

Que que é isso, minha gente!

Coisa de louco.

Onde vamos parar assim?

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