terça-feira, 5 de março de 2013

A convivência como motor da história humana




Não é fácil tomar decisões quando os problemas são infinitos e as possibilidades ou os recursos para resolvê-los são limitados. Temos, nesses casos, de eleger prioridades, o que significa que um leque de coisas que gostaríamos de realizar vão obrigatoriamente esperar por mais algum tempo.

Por João Ananias*


Qualquer um que participa da administração de uma família, associação, firma ou negócio sabe que uma decisão sobre quando e como investir altera positiva ou negativamente o futuro da instituição.

Um país, embora tenha uma dimensão macro em relação a qualquer núcleo familiar ou associativo, não escapa desse pensamento lógico. Em outras palavras e lembrando o Carnaval, não teremos um futuro farto se tomamos a decisão de investir na fantasia quando a geladeira está vazia.

A presidente Dilma, mais uma vez, direciona seus holofotes para a população mais carente e afirma com todas as letras que é uma decisão de Governo tirar da miséria os brasileiros que a lógica do capitalismo condenou a um perverso e doloroso isolamento nas margens de nossa sociedade. Sou deputado federal da base aliada, mas não redijo este artigo para elogiar a nossa presidente, e, sim, para reforçar meu apoio a uma causa tão nobre.

Se você consegue se indignar com a realidade adversa de seu semelhante e tem a disposição para pensar e agilizar mecanismos que alterem essa condição, é porque você fez uma escolha. Escolheu a grandeza social e não o egoísmo, a convivência e não a concorrência como motor da história humana.

Digo você, porque entendo que só o Governo não vai conseguir estabelecer a paz nessa guerra social que vivemos atualmente em nosso país e no resto do mundo. A decisão política, econômica e simbólica da presidente Dilma, de estender a mão aos mais carentes, precisa encontra abrigo na subjetividade de cada um de nós. Esse é o único caminho capaz de combater a criminalidade, o analfabetismo, a indiferença, o racismo, a intolerância religiosa, a homofobia e o terrorismo entre você e seu vizinho, entre seus filhos e os filhos dos seus amigos, entre as ilhas e os continentes, entre o Brasil e as outras nações.

O Governo e o Parlamento brasileiro, com sua ajuda, precisam encontrar a parte mais estreita desse rio que divide duas realidades tão divergentes para investir toda sua indignação e competência na construção de uma ponte social.

Vermelho

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