Se desapropria para a Fiat, por que não para a Reforma Agrária ?
Frei Anastácio (PT-PB) registrou também, na Assembleia, que munidas de bandeiras, instrumentos de trabalho e palavras de ordem, cerca de 350 mulheres camponesas de Pernambuco e da Paraíba, ligadas à CPT e ao MST, ocuparam a Usina Maravilha, localizada no município de Goiana, zona da mata norte de Pernambuco.
A Usina ocupada pelas camponesas pertence ao mesmo grupo econômico da Cruangi, que possui um largo histórico de não cumprimento da função social da Terra. Em 2009, a Cruangi foi flagrada pelo Grupo Móvel de Trabalho escravo, mantendo 252 trabalhadores rurais em regime de escravidão, dentre eles, 27 menores de idade. Ao longo de 2012, a Cruangi foi novamente notícia em todo o estado ao paralisar suas atividades por acumular dívida trabalhista milionária e demitir cerca de três mil funcionários sem indenização e com salários atrasados. No fim de fevereiro, foi anunciada a desapropriação de parte das Terras do Grupo, feita pelo Governo do Estado no montante de R$ 25 milhões, para servir de área à construção da Fábrica da FIAT, em Goiana/PE.
O principal objetivo da mobilização foi cobrar do Governo a desapropriação de todas as Terras do Grupo Maravilha/Cruangi para fins de Reforma Agrária. “Se pode desapropriar para a Fiat por que não pode desapropriar para a Reforma Agrária?", indagou a integrante da direção estadual do MST, Maria Sueli da Silva.
PB Agora
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