sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Nova corrente do PT reafirma compromisso com lutas sociais



O Fórum Social Temático de Porto Alegre, que iniciou suas atividades na terça (24), contempla, por seu formato, centenas de debates e eventos, tal como temos noticiado nos últimos dias. Neste marco, correntes políticas e ideológicas aproveitam a oportunidade para se reunir e articular debates internos. É o caso de uma das correntes político-ideológicas do PT, a Esquerda Popular Socialista, criada em 4 de dezembro de 2011.


Na reunião, o agrupamento, que tem o socialismo como objetivo estratégico, debateu a situação política e econômica nacional e internacional e aprovou uma resolução saudando a realização do Fórum Social, que consideram ser fruto do “esforço dos movimentos sociais e partidos de esquerda, que mantêm acesa a chama do internacionalismo e da crítica anticapitalista”.


O documento ressalta que “o agravamento da crise econômica mundial, cujo epicentro atualmente é a Europa, deixa nítido que vivemos em um momento que evidencia a incompatibilidade estrutural entre capitalismo e democracia, entre capitalismo e emprego, entre capitalismo e políticas sociais”. Neste contexto, ressalta que as “acertadas políticas dos governos Lula e Dilma devem ser aprofundadas”, mas, faz-se necessário aprimorar o “debate sobre medidas de fortalecimento das políticas públicas, de aumento dos salários, da garantia dos investimentos em infraestrutura e de democratização do Estado brasileiro”.

E destaca a necessidade de retomar a agenda das reformas estruturais que estão paralisadas, “como a reforma agrária, a reforma urbana, a reforma política, bem como o debate sobre a função social da propriedade, a democratização e regulação dos meios de comunicação, a redução da jornada de trabalho”. Além disso, mencionam a necessidade de seguir discutindo o Código Florestal, a erradicação do trabalho escravo e a interlocução com os movimentos sociais.

São apontadas algumas rotas, que na visão dos militantes precisam ser corrigidas como “a política de juros, do superávit primário e de gestão da dívida interna, que seguem sendo um dreno gigantesco de recursos”.

Sobre o apoio que goza a presidente Dilma Rousseff, o texto observa que sua alta aceitação “é resultado de sua firmeza, de sua liderança, reflexo da continuidade das políticas democráticas iniciadas nos governos de Lula e também dos novos programas lançados, com destaque para o Brasil sem Miséria, com a generosa e ambiciosa meta de erradicar a pobreza extrema no país até 2014”.

A relevância e o compromisso da corrente com o fortalecimento das lutas dos movimentos sociais é destacada evidenciando a importância de ganhar esses setores para “políticas mais avançadas” para que se comprometam com o projeto de transformação do Brasil. “A agenda dos movimentos sociais, a elevação do nível de consciência das pessoas e a capacidade de conquistar mudanças são tarefas da Esquerda Popular Socialista”, defende o documento.

A tendência defende ainda nitidez programática e alianças com partidos do campo democrático-popular para as eleições deste ano. Por fim, a resolução conclui que a “conjuntura exige que o PT aumente o tom da denúncia à criminalização dos movimentos sociais” porque “está em curso um processo de agudização da repressão e do uso das forças policias contra os ativistas de diversos movimentos.”

Vermelho,

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