Cerâmicas de região do RN consomem cerca de 25 mil caminhões de lenha
todos os anos
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Mais de 25 mil caminhões de lenha são
utilizados durante o ano pelas indústrias ceramistas da região do Seridó do Rio
Grande do Norte, polarizadas pelo município de Parelhas, tradicional produtor
de telhas e tijolos destinados ao processo de construções residenciais, dentre
outras, de diversos estados nordestinos.
Essa é a conclusão chegada em
encontro de lideranças de organizações diversas da Paraíba e Rio Grande do
Norte que participaram de mais um encontro na cidade de Cuité, Curimataú paraibano, para discutir a madeira enquanto
instrumento de ampla valorização e necessidade para fomentar o funcionamento de
diversas indústrias ceramistas dentre outras indústrias de diversos estados
nordestinos, dentre eles o RN que, só na região do Seridó Potiguar, contabiliza
58 indústrias ceramistas que juntas consomem anualmente entre cerca de 27 mil
caminhões de lenha.
Esses números foram repassados pelo
presidente da Associação dos Ceramistas do Rio Grande do Norte, Olavo Pereira
Dantas, que participou do encontro em Cuité e foi entrevistado do Programa
Domingo Rural do domingo(25/12) fazendo uma síntese da carência do produto
madeireiro e argumentando que a lenha passa a ser produto de disputa já que a
procura hoje é muito maior do que a oferta o que sugere ser uma atividade
economicamente viável e encontra como alternativa o manejo florestal
sustentável que vem sendo trabalhado em 14 assentamentos da reforma agrária
aqui no estado da Paraíba.
O Manejo sustentável é uma prática
trabalhada num processo assessorado pela ONG SOS Sertão numa parceria com
o Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente. “De acordo com a
madeira que tem sido produzida aqui em Cuité, ele(caminhão) vai com 15 metros,
eu vou consumir 10 caminhões desses por semana numa cerâmica só, 40 cerâmicas
vai consumir 400 caminhões(mês), então veja só o consumo como é grande”,
exemplifica a representação potiguar ao dialogar com os ouvintes de nossas
emissoras parcerias.
Ao dialogar com Domingo Rural, Olavo
Pereira informou que cada indústria ceramista consome cerca de 10 caminhões de
lenha toda semana o que representa cerca de 580 caminhões mês e mais de 25 mil
caminhões do produto madeireiro todos os anos.
Olavo explicou que diante do
crescimento populacional a tendência é de maior demanda e citou como exemplo a
procura que o segmento tem tido por parte de empresas nacionais e
internacionais interessadas em comprar a cerâmica produzida pelas empresas
daquela microrregião. “A lenha vai ser um produto raro como já existe aí no
minério que é um produto raro e com procura muito grande que na minha região
também tem muito, a lenha também vai ser desta forma, porque quero dar uma
informação pra você e para seus ouvintes que nós fomos procurados agora
recentemente por uma pessoa que queria nosso produto ora levar pra África para
construir as obras da África com produto nosso aqui. E então se nós já estamos
tendo dificuldade em conseguir material para queimar e atender a demanda da
nossa região no Brasil aqui no Nordeste, imagine tendo que produzir pra levar
pra África, quer dizer que aí é que precisamos de mais lenha”, explica com
preocupação.
Dados
São 58 indústrias ceramistas
Cada indústria consome 10 caminhões
por semana
58 cerâmicas x 10 caminhões = 580
caminhões de lenha por semana
580 caminhões x 4 semanas = 2320
caminhões de lenha mês
2.320 caminhões mês x 12 meses ano =
27840 caminhões durante o ano.
Fonte : Stúdio Rural / Programa
Domingo Rural
Folhadosertão.com
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