Dados do IBGE revelam que 9,7% dos índios do estado vivem e favelas, Funai acredita que percentual pode ser maior.
Capital concentra 75,1% dos indígenas residentes em comunidades. Em seguida aparece Campina Grande, com 17,1%
Filha de um casal de índios, Suely da Silva Bernardo se reconhece como indígena e tenta manter as tradições do seu povo, embora tenha morado quase toda a vida na cidade.
Descendente dos Tabajaras, ela conta que desde que nasceu seu pai enfatiza o quanto seu povo sofreu.
“Ele sempre fala que nós somos índios e que minha família foi muito maltratada. Fomos expulsos de nossas terras e agora está todo mundo espalhado, sofrendo os males da cidade”, diz Suely, que é profissional autônoma e consegue dinheiro vendendo salgados.
Ela vive com os dois filhos em uma casa simples na comunidade Vila Nassau, no Varadouro, em João Pessoa - local onde também moram outras integrantes da família, em casas vizinhas.
Assim como Suely, pelo menos 338 índios residem em áreas paraibanas consideradas aglomerados subnormais ('favelas'), conforme dados do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 9,7% da população total de indígenas (3.475) que vivem nas cinco cidades (João Pessoa, Cabedelo, Bayeux, Santa Rita e Campina Grande) apontadas no estudo como tendo os aglomerados.
Embora esse percentual já seja expressivo, o coordenador técnico da Fundação Nacional do Índio em João Pessoa (Funai-JP), Benedito Rangel de Morais, acredita que na realidade há muito mais índios vivendo nas comunidades carentes da Paraíba.
Para ele, essa 'distorção' nos números pode ocorrer em virtude dos próprios índios não autodeclararem sua raça corretamente ou ainda pela possibilidade de alguns índios não terem sido encontrados no domicílio quando da visita dos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Benedito Rangel de Morais também considera que o êxodo indígena para os centros urbanos tem diminuído.
“Muitos índios têm voltado para sua aldeia de origem, alguns porque não conseguiram o que esperavam na cidade e outros por interesse de retornar e viver em sua área”, comenta Benedito. Ele não pôde precisar, entretanto, a distribuição desses índios dentro das cidades apontadas no estudo.
Segundo o IBGE, a capital concentra 75,1% (254) dos indígenas residentes em comunidades da Paraíba. Em seguida aparece Campina Grande, com 17,1%, ou seja, 58 índios vivendo em 'favelas'. As demais cidades apresentam números menores: Bayeux (13 índios), Cabedelo (8) e Santa Rita (5).
Jornal da Paraíba
Assim como Suely, pelo menos 338 índios residem em áreas paraibanas consideradas aglomerados subnormais ('favelas'), conforme dados do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 9,7% da população total de indígenas (3.475) que vivem nas cinco cidades (João Pessoa, Cabedelo, Bayeux, Santa Rita e Campina Grande) apontadas no estudo como tendo os aglomerados.
Embora esse percentual já seja expressivo, o coordenador técnico da Fundação Nacional do Índio em João Pessoa (Funai-JP), Benedito Rangel de Morais, acredita que na realidade há muito mais índios vivendo nas comunidades carentes da Paraíba.
Para ele, essa 'distorção' nos números pode ocorrer em virtude dos próprios índios não autodeclararem sua raça corretamente ou ainda pela possibilidade de alguns índios não terem sido encontrados no domicílio quando da visita dos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Benedito Rangel de Morais também considera que o êxodo indígena para os centros urbanos tem diminuído.
“Muitos índios têm voltado para sua aldeia de origem, alguns porque não conseguiram o que esperavam na cidade e outros por interesse de retornar e viver em sua área”, comenta Benedito. Ele não pôde precisar, entretanto, a distribuição desses índios dentro das cidades apontadas no estudo.
Segundo o IBGE, a capital concentra 75,1% (254) dos indígenas residentes em comunidades da Paraíba. Em seguida aparece Campina Grande, com 17,1%, ou seja, 58 índios vivendo em 'favelas'. As demais cidades apresentam números menores: Bayeux (13 índios), Cabedelo (8) e Santa Rita (5).
Jornal da Paraíba
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