sábado, 16 de setembro de 2017

Banalização da “organização criminosa”

Miguel do Rosário

Me perdoem. Eu, pessoalmente, acho que o Temer e seus acólitos formam, de fato, uma organização criminosa. Mas é minha opinião como jornalista e blogueiro de esquerda, e não pelas mesmas razões do MPF.

Entretanto, eu acho que essa nova acusação do MPF é mais uma pilantragem. 
Agora tudo é “organização criminosa”.

O MPF transformou as leis sancionadas pela Dilma, como a lei de organização criminosa, além da delação premiada, em ferramentas de chantagem contra a classe política.


O MPF se converteu numa instituição voltada exclusivamente à promover a instabilidade política no país.


Essa chantagem tem como objetivo manter os políticos sob pressão terrível, que eles procuram aliviar fazendo o jogo do mercado e da Globo.


Sentindo-se atacados pelo MPF, os políticos procuram proteção do chefe da máfia, a Globo, através das reformas que a mídia defende em seus editoriais.


Quem age como “organização criminosa” é o PGR e o MPF.

Uma “organização criminosa” que destruiu a indústria nacional, pôs o grupo de Temer no poder e vem ajudando o golpe a se consolidar através da perseguição sistemática a Lula e ao PT.

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No Buzzfeed


PF conclui que Temer e PMDB da Câmara formam organização criminosa


Relatório foi enviado ao Supremo e diz que grupo criminoso é integrado também pelos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, pelos ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além de Eduardo Cunha.


Por Filipe Coutinho


A Polícia Federal (PF) entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório em que concluiu que o presidente Michel Temer e os principais expoentes do chamado PMDB da Câmara formam uma organização criminosa.


O relatório aponta os dois ministros mais próximos de Temer, Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil) como integrantes do núcleo da organização.


Segundo a investigação, a organização ainda é integrada pelos ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves e pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Os três estão presos pela Lava Jato.


Segundo a polícia, a cúpula do PMDB mantinha estrutura organizacional com objetivo de obter, direta e indiretamente, propina em órgão do governo.


A organização, ainda de acordo com o relatório, é suspeita de ter cometido os crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e ainda evasão de divisas.


O relatório final da Polícia Federal integra o inquérito 4327, que corre no Supremo, e o inquérito que trata das denúncias sobre o grupo JBS, do empresário Joesley Batista, preso ontem.


O inquérito 4327 investiga lideranças do PMDB como Eduardo Cunha e Henrique Alves, além do operador Lucio Funaro.


Altamiro Borges


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