Financiado pelos planos privados de saúde, o deputado federal Ricardo Barros, hoje ministro interino do Judas Michel Temer -, nunca escondeu sua rejeição ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Logo após a sua posse no covil golpista, ele declarou à imprensa que seu maior objetivo seria "reduzir os gastos" no setor e "rever" a universalização do atendimento à população.
Bombardeado pelas entidades da área, ele engoliu a língua, mas não desistiu do seu plano destrutivo e regressivo. Na quarta-feira passada (6), ele simplesmente propôs a criação de um "plano de saúde popular" - ou seja, defendeu que o Estado repasse ainda mais grana à iniciativa privada, retirando os recursos públicos do SUS.
Segundo o noticiário, no tal "plano popular" as lucrativas empresas reduziriam o acesso aos serviços, desrespeitando a cobertura mínima obrigatória fixada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo o noticiário, no tal "plano popular" as lucrativas empresas reduziriam o acesso aos serviços, desrespeitando a cobertura mínima obrigatória fixada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Ao justificar a sua proposta privatista, Ricardo Barros argumentou; "A ANS estabelece uma cobertura mínima para os planos de saúde, o que implica também num custo de uma mensalidade do plano. O que estamos propondo é uma flexão para que possamos ter planos com acesso mais fácil à população e com cobertura proporcional a esse acesso. É ter outras faixas de plano de saúde para que mais pessoas possam contribuir com o financiamento da saúde no Brasil".
A ideia estapafúrdia gerou a imediata reação das entidades da saúde. Para elas, a medida enfraquecerá o SUS e repassará ainda mais recursos públicos aos planos privados. Na prática, a proposta retoma a intenção original de acabar com a universalização do sistema de saúde no Brasil.
A ideia estapafúrdia gerou a imediata reação das entidades da saúde. Para elas, a medida enfraquecerá o SUS e repassará ainda mais recursos públicos aos planos privados. Na prática, a proposta retoma a intenção original de acabar com a universalização do sistema de saúde no Brasil.
O próprio "sinistro" deixou escapar que o seu plano penalizará a população mais carente ao citar os testes para a detecção do vírus da Zika, recém-incluídos na lista da cobertura obrigatória. "Cada vez que a ANS manda o plano cobrir mais alguma coisa, aumenta os custos". Ele falou como advogado dos planos privados e, novamente, como inimigo do SUS. "Sou ministro da Saúde, não sou só o ministro do SUS".
A raposa no galinheiro
As declarações de Ricardo Barros apenas confirmam que o "golpe dos corruptos" foi promovido para beneficiar a elite empresarial do país. Ela orquestrou e financiou a conspiração e agora cobra a fatura. O impeachment de Dilma nada teve a ver com as "pedaladas fiscais" ou com a corrupção. Seu único objetivo foi alterar os rumos do país, garantindo maiores lucros à elite burguesa neste período de crise econômica. Não é para menos que o "ministério de notáveis" do Judas Michel Temer reúne famosos capachos das grandes empresas. O "sinistro" Ricardo Barros é um caso emblemático - e vergonhoso!
O maior doador para a sua campanha de deputado federal pelo PP do Paraná, em 2014, foi o ricaço Elon Gomes de Almeida, presidente do Grupo Aliança - maior operadora de planos de saúde no país. Segundo a Justiça Eleitoral, ele "investiu" R$ 100 mil na eleição do atual ministro - mas não se sabe, ainda, se mais grana foi repassada sem registro legal, via Caixa-2. O empresário é conhecido por suas falcatruas. Em dezembro último, ele foi alvo da Operação Acrônimo da Polícia Federal, que realizou busca e apreensão em sua residência. Outra empresa de Elon Gomes, a Support, teria transferido R$ 750 mil ao empresário Benedito de Oliveira, amigo do governador mineiro Fernando Pimentel.
Como ex-tesoureiro nacional do PP, o partido com maior número de denunciados na Lava-Jato e em outros escândalos de corrupção, Ricardo Barros agora administra o maior orçamento da União. É bom ficar vigilante. Ele não é flor que se cheire! Até a sua família já se envolveu em casos sinistros, conforme registrou a insuspeita Época, sem maior alarde, em meados de maio passado. "Ex-prefeito de Maringá (PR) e irmão do ministro da Saúde, Sílvio Barros escapou, pelo menos temporariamente, de pagar uma multa de R$ 1 milhão aplicada por ter sido condenado por improbidade administrativa. A decisão foi proferida no começo do mês... A multa está suspensa até que o mérito da ação seja julgado".
Altamiro Borges
A raposa no galinheiro
As declarações de Ricardo Barros apenas confirmam que o "golpe dos corruptos" foi promovido para beneficiar a elite empresarial do país. Ela orquestrou e financiou a conspiração e agora cobra a fatura. O impeachment de Dilma nada teve a ver com as "pedaladas fiscais" ou com a corrupção. Seu único objetivo foi alterar os rumos do país, garantindo maiores lucros à elite burguesa neste período de crise econômica. Não é para menos que o "ministério de notáveis" do Judas Michel Temer reúne famosos capachos das grandes empresas. O "sinistro" Ricardo Barros é um caso emblemático - e vergonhoso!
O maior doador para a sua campanha de deputado federal pelo PP do Paraná, em 2014, foi o ricaço Elon Gomes de Almeida, presidente do Grupo Aliança - maior operadora de planos de saúde no país. Segundo a Justiça Eleitoral, ele "investiu" R$ 100 mil na eleição do atual ministro - mas não se sabe, ainda, se mais grana foi repassada sem registro legal, via Caixa-2. O empresário é conhecido por suas falcatruas. Em dezembro último, ele foi alvo da Operação Acrônimo da Polícia Federal, que realizou busca e apreensão em sua residência. Outra empresa de Elon Gomes, a Support, teria transferido R$ 750 mil ao empresário Benedito de Oliveira, amigo do governador mineiro Fernando Pimentel.
Como ex-tesoureiro nacional do PP, o partido com maior número de denunciados na Lava-Jato e em outros escândalos de corrupção, Ricardo Barros agora administra o maior orçamento da União. É bom ficar vigilante. Ele não é flor que se cheire! Até a sua família já se envolveu em casos sinistros, conforme registrou a insuspeita Época, sem maior alarde, em meados de maio passado. "Ex-prefeito de Maringá (PR) e irmão do ministro da Saúde, Sílvio Barros escapou, pelo menos temporariamente, de pagar uma multa de R$ 1 milhão aplicada por ter sido condenado por improbidade administrativa. A decisão foi proferida no começo do mês... A multa está suspensa até que o mérito da ação seja julgado".
Altamiro Borges
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