Narciso |
Que todas as idéias possam vir à tona e interesses divergentes se reconheçam legítimos.
Navegar em mar revolto é inevitável
Luciano Siqueira
Em condições normais de tempo e temperatura, as coisas fluem conforme o desejo de todos – o da maioria. Naturalmente. Assim ocorre em todas as esferas da vida, inclusive na política. Porém nem se sempre se navega em mar calmo – seja por capricho da natureza, seja por falha humana.
Aqui não se trata de defender tese, nem deitar sentença. Mas apenas e tão somente fazer o registro da experiência acumulada – no caso, no movediço e às vezes surpreendente terreno da política. Porque não foram poucas as situações em que, cá na Província, nas últimas três décadas, as coisas se enrolaram no meio do campo pondo à prova o discernimento, o equilíbrio, o bom senso, a busca sincera da unidade a despeito de acentuadas discrepâncias. Com bons resultados ou com resultados desastrosos.
Assim, vale a pena dar azo a duas atitudes indispensáveis aos bons navegantes em mar revolto e arriscoso.
A paciência de ouvir a todos, respeitando o ponto de vista de cada um, sem nada considerar em princípio estranho nem fora de propósito. O ponto de partida do consenso é o clima de abertura em que todas as idéias possam vir à tona e interesses divergentes se reconheçam legítimos.
Associada a essa postura preliminarmente democrática e mutuamente respeitosa, por a política no posto de comando: possibilitar que as idéias ocupem o lugar da arenga em torno de nomes, na perspectiva da peleja eleitoral que se tem em mira.
O fio condutor há que ser a política, a grande política, assentada em proposições que a um só tempo correspondam aos anseios e necessidades da população e sensibilizem os atores políticos em cena, no rumo da convergência.
Deixar que desavenças em torno de procedimentos, supostos equívocos de método e quejandos ocupem o centro das atenções é, e sempre foi, um equívoco. O Partido dos Trabalhadores em Pernambuco, por exemplo, de inegáveis contribuições ao processo democrático local e credor de muitas importantes realizações em favor da população, recorrentemente se perde em diferenças intestinas que jamais vieram a público na forma do confronto de idéias. Sempre e invariavelmente expõe desencontros quanto ao modo de proceder deste ou daquele líder, desta ou daquela tendência sem que seja dado a conhecer, ao observador externo, o conteúdo essencial das divergências.
A pouco mais de quinze dias do prazo legal para a realização das convenções partidárias, na capital e em inúmeros municípios os partidos que se agrupam na Frente Popular têm agora, diante de si, o desafio de aplainar diferenças, estabelecer com clareza propósitos, demarcar campos entre si, quando for o caso, e levar a bom termo o diálogo destinado a bem posicionar a coalizão governista e obter vitórias que reforcem o projeto político em curso no estado, ora sob a hegemonia do PSB, em benefício do principal interessado - o povo.
Vermelho
Em condições normais de tempo e temperatura, as coisas fluem conforme o desejo de todos – o da maioria. Naturalmente. Assim ocorre em todas as esferas da vida, inclusive na política. Porém nem se sempre se navega em mar calmo – seja por capricho da natureza, seja por falha humana.
Aqui não se trata de defender tese, nem deitar sentença. Mas apenas e tão somente fazer o registro da experiência acumulada – no caso, no movediço e às vezes surpreendente terreno da política. Porque não foram poucas as situações em que, cá na Província, nas últimas três décadas, as coisas se enrolaram no meio do campo pondo à prova o discernimento, o equilíbrio, o bom senso, a busca sincera da unidade a despeito de acentuadas discrepâncias. Com bons resultados ou com resultados desastrosos.
Assim, vale a pena dar azo a duas atitudes indispensáveis aos bons navegantes em mar revolto e arriscoso.
A paciência de ouvir a todos, respeitando o ponto de vista de cada um, sem nada considerar em princípio estranho nem fora de propósito. O ponto de partida do consenso é o clima de abertura em que todas as idéias possam vir à tona e interesses divergentes se reconheçam legítimos.
Associada a essa postura preliminarmente democrática e mutuamente respeitosa, por a política no posto de comando: possibilitar que as idéias ocupem o lugar da arenga em torno de nomes, na perspectiva da peleja eleitoral que se tem em mira.
O fio condutor há que ser a política, a grande política, assentada em proposições que a um só tempo correspondam aos anseios e necessidades da população e sensibilizem os atores políticos em cena, no rumo da convergência.
Deixar que desavenças em torno de procedimentos, supostos equívocos de método e quejandos ocupem o centro das atenções é, e sempre foi, um equívoco. O Partido dos Trabalhadores em Pernambuco, por exemplo, de inegáveis contribuições ao processo democrático local e credor de muitas importantes realizações em favor da população, recorrentemente se perde em diferenças intestinas que jamais vieram a público na forma do confronto de idéias. Sempre e invariavelmente expõe desencontros quanto ao modo de proceder deste ou daquele líder, desta ou daquela tendência sem que seja dado a conhecer, ao observador externo, o conteúdo essencial das divergências.
A pouco mais de quinze dias do prazo legal para a realização das convenções partidárias, na capital e em inúmeros municípios os partidos que se agrupam na Frente Popular têm agora, diante de si, o desafio de aplainar diferenças, estabelecer com clareza propósitos, demarcar campos entre si, quando for o caso, e levar a bom termo o diálogo destinado a bem posicionar a coalizão governista e obter vitórias que reforcem o projeto político em curso no estado, ora sob a hegemonia do PSB, em benefício do principal interessado - o povo.
Vermelho
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