quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Delegacia contra crimes homofóbicos será inaugurada na sexta
Na próxima sexta-feira (6) será inaugurado o prédio onde funcionarão as delegacias especializadas de proteção ao idoso e de crimes homofóbicos. As duas delegacias vão funcionar em um imóvel, localizado na Rua Francisca Moura, 36, Centro e a solenidade de inauguração acontecerá às 15h.
De acordo com o titular da Delegacia de Crimes Homofóbicos, Marcelo Falcone, as novas instalações vão oferecer mais privacidade e comodidade para os usuários. “O prédio é mais amplo, mais confortável e conta com computadores, mobília e todos os acessórios que precisamos para prestar um bom trabalho”, observa.
“No entanto, o item mais importante é a privacidade. Com as novas instalações, as vítimas poderão ficar mais à vontade na hora de fazer as denúncias”, completa.
A representante da Associação dos Travestis da Paraíba (Astrapa), Fernanda Benvenutti, observou que a entrega de um prédio novo é uma conquista almejada há muito tempo pelos homossexuais. Ela acrescentou que a Paraíba é o único Estado brasileiro a criar uma delegacia especializada na investigação de crimes cometidos contra esse público. “Em outros Estados, os crimes homofóbicos são apurados por delegacias de crimes contra a pessoa ou de direitos humanos. A Paraíba foi a primeira, a não apenas criar uma delegacia, mas também a formar um delegado especializado para tratar dos delitos dessa natureza. Isso mostra que o Governo do Estado é sensível as nossas causas”, declarou.
Luta de muitos anos
A Delegacia de Crimes Homofóbicos funcionava em uma casa localizada à Avenida Dom Pedro I, no Centro. No mesmo local, ainda estavam instaladas as delegacias da Mulher e do Idoso. As três especializadas dividiam o mesmo espaço há cerca de quatro anos. Devido à demanda de pessoas que buscavam auxílio da polícia nesse endereço, os homossexuais reivindicavam que a delegacia de homofobia fosse transferida para outro lugar.
“O problema é que tem muito homossexual que ainda não assumiu sua condição sexual perante a família e a sociedade. Por isso, ficavam constrangidos, quando precisam prestar queixa, porque sabiam que iam encontrar na delegacia outros tipos de públicos, que não era o nosso”, explica Fernanda Benvenutti, que é membro de uma com
issão que luta pelos direitos do homossexual.
Secom Pb
Paraíba 1
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