Nos últimos quatro anos, a mídia tem sido um dos baluartes do avanço da direita no Brasil.
Nos últimos meses, depois da recuperação, ainda claudicante, de uma agenda mínima por parte da esquerda, com a Caravana de Lula no Nordeste, a luta contra as privatizações, e, mais recentemente, o crescimento do ex-presidente nas pesquisas de opinião, alguns veículos - quem sabe para disfarçar sua parcialidade ou talvez para não compactuar, de braços cruzados, diante da História, com a entrega do país ao fascismo no ano que vem - tem reservado algum espaço para noticiar fatos relacionados com ações nacionalistas e desenvolvimentistas em curso, como o ato de hoje, terça-feira, em defesa da soberania nacional, realizado no Rio de Janeiro com a presença de Lula e de funcionários de estatais ameaçadas de sabotagem e desnacionalização.
Esse é o caso, por exemplo, de matéria publicada pelo UOL, destacando declarações de Lula a propósito da Lava Jato, tendo sido, tanto o veículo como o próprio ex-presidente, imediatamente desancados pelos fascistas de plantão.
Dessa vez, como quase sempre ocorre, também não apareceu ninguém para opinar em defesa da democracia e do enfraquecimento do discurso único que domina o espaço de comentários dos grandes portais e veículos de comunicação.
A oposição precisa entender que quando a manifestação acaba na rua, ela precisa continuar e se estender para o restante do extenso campo de batalha pela opinião pública, com destaque para a internet.
Os 35% de preferência de Lula nas pesquisas não passam dos votos fiéis e históricos que ele sempre teve.
Se a esquerda quiser ampliá-los, ela terá que sair de seus guetos e ir à luta em busca de mais. Muito mais.
Santayana
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