Acaba de ser engendrada uma grande, uma virulenta trapaça urdida contra a população brasileira. As consequências funestas atingirão múltiplos estamentos da sociedade nacional. Haverá sacrifícios para a saúde e educação. O povo brasileiro será condenado ao subdesenvolvimento econômico, social e cultural. E isto tudo está acontecendo neste momento, nesta mesma hora. E esta iniciativa não é da CIA, nem do KGB, nem de nenhuma outra organização criminosa secreta, mas do Congresso Nacional! E pior ainda, as razões ocultas para essa carnificina são as mais torpes possíveis. Vocês não acreditam? Pois bem, venham comigo.
Vocês certamente já ouviram falar de uma segunda repatriação de recursos financeiros cujos tributos renderiam ao governo entre 12 e 15 bilhões de reais. Sabe-se ainda que estas repatriações incluem bens pertencentes a parentes e outros laranjas de congressistas. Ora, esses recursos certamente oriundos de propinas não foram incluídos na primeira repatriação por causa da provável repulsa da opinião pública. Eis que para derrotar a hesitação do Executivo os congressistas engendraram um esquema maquiavélico que alem de promover a repatriação e lavagem dos produtos de suas canalhices assegura-lhes recursos para suas emendas, ou seja, para suas negociatas eleiçoeiras. Mas como será possível essa mágica artimanha?
Explico: o Ministério de Planejamento elabora a proposta de Orçamento em colaboração com a Fazenda. Alíquotas denominadas 100 são aquelas cujos recursos são assegurados pelo Tesouro. Recursos financeiros para Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia foram incluídas nessa alíquota no orçamento nacional de 2017 por serem essenciais à sociedade. Pois não é que o Congresso Nacional transferiu estes recursos da alíquota 100 para uma nova alíquota 900 que se refere a eventuais novas arrecadações e colocaram como recursos assegurados por alíquota 100 as emendas pessoais dos congressistas.
Com isso, se o governo quiser salvar ações importantes nas áreas de educação, saúde, ciência e tecnologia terá que ceder quanto a repatriação e lavagem de dinheiro sujo da corrupção dos congressistas. Pois bem, essa mágica constitui não apenas uma espoliação de recursos da educação, saúde e tecnologia, mas também de uma obscena extorsão, ou melhor, uma chantagem contra a sociedade brasileira.
Físico, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Vocês certamente já ouviram falar de uma segunda repatriação de recursos financeiros cujos tributos renderiam ao governo entre 12 e 15 bilhões de reais. Sabe-se ainda que estas repatriações incluem bens pertencentes a parentes e outros laranjas de congressistas. Ora, esses recursos certamente oriundos de propinas não foram incluídos na primeira repatriação por causa da provável repulsa da opinião pública. Eis que para derrotar a hesitação do Executivo os congressistas engendraram um esquema maquiavélico que alem de promover a repatriação e lavagem dos produtos de suas canalhices assegura-lhes recursos para suas emendas, ou seja, para suas negociatas eleiçoeiras. Mas como será possível essa mágica artimanha?
Explico: o Ministério de Planejamento elabora a proposta de Orçamento em colaboração com a Fazenda. Alíquotas denominadas 100 são aquelas cujos recursos são assegurados pelo Tesouro. Recursos financeiros para Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia foram incluídas nessa alíquota no orçamento nacional de 2017 por serem essenciais à sociedade. Pois não é que o Congresso Nacional transferiu estes recursos da alíquota 100 para uma nova alíquota 900 que se refere a eventuais novas arrecadações e colocaram como recursos assegurados por alíquota 100 as emendas pessoais dos congressistas.
Com isso, se o governo quiser salvar ações importantes nas áreas de educação, saúde, ciência e tecnologia terá que ceder quanto a repatriação e lavagem de dinheiro sujo da corrupção dos congressistas. Pois bem, essa mágica constitui não apenas uma espoliação de recursos da educação, saúde e tecnologia, mas também de uma obscena extorsão, ou melhor, uma chantagem contra a sociedade brasileira.
Físico, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
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