segunda-feira, 6 de julho de 2015
Resistir e Unificar.
“É resistir e unificar. Não há saída", diz Ronaldo Pagotto sobre os movimentos populares no Brasil
Advogado e militante da Consulta Popular, Ronaldo Pagotto, defende um novo caminho para os movimentos populares e acredita em aliança de forças de esquerda como solução para os ataques conservadores
Emmanuela Nunes, ascom da CUT/PB
"Não temos outra saída, a não ser unificar a luta dos movimentos populares e resistir ao avanço dos conservadores”, disse Ronaldo Pagotto, advogado e militante da Consulta Popular, em palestra realizada na última segunda-feira (29), no auditório do Sinttel-PB, em João Pessoa. Dirigentes sindicais, representantes de movimentos sociais, sindicalistas, lideranças partidárias e estudantes participaram da palestra.
Pagotto, rebate o pensamento de que os movimentos devem lutar de maneira descentralizada e aposta em uma renovação dos movimentos populares com a investida conservadora na política brasileira. Ele acredita que há um novo ciclo sendo construído pelo movimento sindical e popular.
“Avalio que estamos em um processo novo. Se é verdade que o povo unido jamais será vencido, é também verdade, que o povo vencido, talvez jamais, tenha estado unido. Então, a unidade para nós é estratégica, e para a direita é central que nós não tenhamos unidade”, ressaltou.
De acordo com Pagotto, para que os movimentos populares caminhem com êxito é necessário um salto de qualidade, que perpassa três palavras de ondem: unidade, resistência e reforma. “A riqueza das manifestações de rua vem da capacidade de construir processos de luta unitários. No Brasil, você tem uma tradição de construção de unidade. Essa tradição tem momentos de maior facilidade, em que as condições estão mais propicias e momentos em que essa unidade é muito mais difícil e complexa, já que as diferenças entram como sendo uma principalidade, tendo uma ascensão no processo. Acho que estamos em um processo novo e esse processo indica para as forças, que a unidade é um caminho central para construir uma resistência e pautar as lutas necessárias para enfrentar os desafios que o povo brasileiro precisa”, salientou.
Segundo Paulo Marcelo, presidente da CUT-PB, a fala de Pagotto foi esclarecedora, “a análise de conjuntura com uma observação nacional, que reflete a crise mundial, a América Latina e as dificuldades do campo popular é ponto chave para entendermos questões determinantes para os movimentos populares”, explicou.
CUT PB
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