O condomínio dos grandes partidos que domina a Câmara dos Deputados conseguiu aprovar, com 46 votos de vantagem, uma cláusula que tira a garantia de participação do PSOL nos debates de TV, nas campanhas majoritárias. Mudaram a exigência atual, de 'ter representação no Congresso Nacional', para a do partido ou coligação que lançar candidato ter no mínimo 10 deputados federais para estar obrigatoriamente nesses programa - que são os de maior audiência e repercussão, aliás.
Como o PMDB de Cunha dá as cartas na Câmara, a emenda castradora foi elaborada pensando, por exemplo, em tirar Marcelo Freixo dos debates, caso ele venha a ser candidato a prefeito do Rio. Nas presidenciais, Luciana, Plínio e Heloísa Helena, sem rabo preso com o poder econômico, incomodaram, disseram o que os outros não têm coragem de dizer. Na nossa democracia de fachada, o melhor é silenciá-los. Você já imaginou que insosso o debate de candidatos a governador no RJ sem a presença qualificada, aguda e cortante de Tarcísio Motta? A restrição também pode atingir Marina Silva e sua Rede, o PV de Eduardo Jorge e outros partidos
Mas é isso que os 'donos' da política, servidores do poder econômico, e a mídia grande mercantil - a mesma que 'não viu nem ouviu' a fala do papa Francisco aos movimentos populares, na Bolívia, semana passada - quer: tirar de cena quem 'desafina o coro dos contentes', quem denuncia a injustiça do sistema do Capital e mostra que a corrupção é a engrenagem do nosso modelo político, reafirmado com essa espúria 'contrarreforma'.
Vamos denunciar esse golpe, nas ruas e nas redes. Não nos calarão!
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