sexta-feira, 16 de março de 2012

Violência contra moradores de rua choca o país e mobiliza Brasília





Uma reunião que só deveria acontecer no final de março foi antecipada para esta quinta-feira (15). O Comitê de Monitoramento da População em Situação de Rua se reunirá para estudar medidas que ajudem a coibir ataques a moradores de rua, como os que aconteceram em Brasília (DF) e Mato Grosso do Sul (MS) neste ano de 2012.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) convocou a reunião para avaliar e propor as políticas do governo voltadas a proteger essa população e combater essas práticas.

A ministra Maria do Rosário convidou os governadores dos dois estados para participar do encontro.

Um caso que chocou o país e mereceu destaque nos meios de comunicação do Brasil foi a ação de um grupo de jovens que atearam fogo a dois moradores de rua do Distrito Federal, matando um deles e ferindo outro gravemente, ainda com risco de vida. Ocorrido no final de fevereiro, o crime brutal foi executado friamente, depois de uma tentativa fracassada do mesmo grupo de queimar as vítimas e apesar da mobilização da vizinhança, assustada.

Os criminosos haviam recebido R$ 100 de um comerciante para eliminar os dois moradores que habitualmente dormiam em uma área pública próxima ao seu negócio.

No último sábado (10), uma tentativa de assassinado com a mesma crueldade ocorreu em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde um morador de rua foi amarrado a uma árvore e teve 40% do corpo queimados. E de novo em Brasília, dois moradores que se abrigavam sob se abrigavam sob árvores em Tabatinga foram mortos a tiros.

Campanhas e políticas públicas devem ser propostas pelo Comitê na próxima quinta-feira. Uma medida simples deve ser divulgada por meio de campanhas, que é o uso do serviço Disque Direitos Humanos (Disque 100) para denunciar maltratos ou ameaças aos direitos da população de rua. O telefonema é gratuito e pode ser feito de qualquer lugar do Brasil, de telefone fixo ou celular, com anonimato garantido. De acordo com a Agência Brasil, o serviço está apto para receber e encaminhar esse tipo de informação.

A notícia é da Ciranda Direitos Humanos
Adital

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