Dom José Maria Pires realiza missa campal em assentamento ameaçado por fábrica
Trabalhadores e índios da nação Tabajara participaram hoje (23) de celebrações natalinas, com caminhada e missa campal, no assentamento da reforma agrária, Mucatu, no município de Alhandra,presididas pelo arcebispo emérito da Paraíba,Dom José Maria Pires, ao lado do deputado estadual Frei Anastácio e outros religiosos.
As celebrações tiveram como objetivo comemorar o Natal e lembrar a primeira desapropriação de terra pelo INCRA, na Paraíba, ocorrida em 1975, naquela área, após a luta de agricultores apoiados pela Arquidiocese da Paraíba, que tinha Dom José como arcebispo. A área onde as celebrações aconteceram é o assentamento que poderá receber uma fábrica de cimento, planejada pela cerâmica Elizabeth.Três lotes que foram vendidos para a cerâmica chegaram a ser ocupados pelos índios da nação Tabajara, que só deixaram o local por ordem da justiça.
As celebrações tiveram como objetivo comemorar o Natal e lembrar a primeira desapropriação de terra pelo INCRA, na Paraíba, ocorrida em 1975, naquela área, após a luta de agricultores apoiados pela Arquidiocese da Paraíba, que tinha Dom José como arcebispo. A área onde as celebrações aconteceram é o assentamento que poderá receber uma fábrica de cimento, planejada pela cerâmica Elizabeth.Três lotes que foram vendidos para a cerâmica chegaram a ser ocupados pelos índios da nação Tabajara, que só deixaram o local por ordem da justiça.
As atividades religiosas, também, fizeram parte do calendário de comemoração dos 70 anos de Sacerdócio de Dom José Maria Pires, que se estenderão até domingo, na Paraíba. As celebrações começaram com uma caminhada de quatro quilômetros, com a participação de trabalhadores rurais, índios da nação Tabajara, o vereador Valfredo José, de Alhandra, os religiosos Frei Hermano José, que foi vigário na época da primeira luta de Mucatu e o Padre Vanceslei, vigário do bairro são José.
Depois da caminhada, foi realizada uma missa campal, presidida por Dom José Maria Pires. Durante a celebração foi realizada uma reflexão sobre a importância daquelas terras ricas que sustentam aproximadamente 15 mil famílias de agricultores, que foram ali assentados, e que hoje estão sob a ameaça de perdê-las. Desta vez, a ameaça vem do próprio poder público, no caso o Governo do Estado e a Prefeitura de Alhandra, que planejam instalar, no local, uma fábrica de cimento.
*Dom José pede respeito à luta pela terra*
Como destaque do tema da missa, Dom José ressaltou a benção que é possuir a terra, e que ela é nossa mãe, e dela nós tiramos nossa sobrevivência. Também comentou que a região foi um marco na luta pela terra e que não se pode desonrar a memória daqueles que lutaram tanto para hoje ter um pedaço de terra.
“A participação de Dom José nesta cerimônia, aqui em Mucatu, dá ânimo para os que aqui estão lutem para permanecer na terra. E aquelas parcelas já vendidas sejam repassado para quem é de direito agora, que são os Índios da nação Tabajara.” Disse Frei Anastácio, se referindo à luta dos Tabajaras que querem a demarcação de 10 mil hectares de terras naquela região.Segundo os índios,no momento em que a terra sai das mãos dos assentados,para a iniciativa privada,perde sua função social.Dessa forma, passa a ser reivindicada por eles.
Após a missa, muitos trabalhadores e trabalhadoras cumprimentaram Dom José e tiraram fotos com ele, para guardar as lembranças desse reencontro. “Ele é um homem santo, que ajuda os que mais necessitam de justiça”, comentou uma assentada em relação ao Bispo Emérito da Paraíba, que na época da luta por Mucatu,deu total apoio aos trabalhadores, como arcebispo da Paraíba.
Ascom
PB Agora
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