Desacato ou prepotencia ? |
De acordo com o tenente-coronel, Arilson Valério, comandante do 4º BPM, dois cabos e o soldado disseram que não iriam efetuar a prisão porque não tem flagrante e não estavam com um mandado para prendê-lo
Três policiais militares, sendo dois cabos e um soldado, foram detidos dentro do Fórum Civil da cidade de Alagoinha, na região do Brejo do estado, por ordem da juíza Inês Cristina. A magistrada entendeu que os militares não obedeceram sua ordem para prender um homem suspeito de invadir uma residência, o que configuraria desacato à autoridade. O fato ocorreu nessa terça-feira (11), mas o assunto só foi divulgado nesta quinta-feira (13).
Segundo o tenente-coronel, Arilson Valério, comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, os policiais estavam trabalhando no destacamento da cidade de Mulungu quando receberam uma ligação do Fórum onde um representante disse que a juíza determinou que prendessem um homem, mesmo sem um documento que justificasse a prisão do suspeito.
“Os policiais disseram que não iriam efetuar a prisão porque não tem flagrante e não estavam com um mandado para prendê-lo. Diante da justificativa, a juíza Inês Cristina, pediu que os policiais fossem até o fórum e quando chegaram ela deu voz de prisão, a um cabo e, em solidariedade ao amigo, os outros policiais tentaram falar com a magistrada. Ela entendeu como desacato e desobediência e mandou prender todos ”, comentou o comandante.
O tenente-coronel foi até o Fórum e encontrou os policiais algemados e um deles chorando. “Foi uma situação vexatória. Um cabo estava chorando pela situação em que foram submetidos. Conversei com a juíza, mas ela tentou justificar o ocorrido e daí trouxe os policiais até à sede do 4º Batalhão da PM. A magistrada informou que vai processar os policiais”.
Os cabos e o soldado pediram transferência da cidade alegando o constrangimento. Um processo administrativo foi aberto pelo batalhão para apurar a ocorrência. “Vou publicar no boletim interno do batalhão a transferência dos policiais para outra cidade que não faça parte da comarca onde a juíza é responsável”, falou o tenente-coronel Arilson Valério.
O Portal Correio tentou falar com a juíza Inês Cristina, mas o gerente do Fórum de Alagoinha, João Batista, disse que a magistrada estava em um julgamento e não tinha hora exata para terminar o júri.
Correio da Paraíba
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