terça-feira, 17 de novembro de 2009

Conselho Nacional de Justiça: A devassa da devassa


CNJ fará acompanhamento paralelo à investigação da Corregedoria do TJ em cartório

Uma semana depois de iniciada uma correição extraordinária no 15 Ofício de Notas da Capital, ordenada pela Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, começará amanhã uma inspeção paralela, desta vez promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Responsável pela determinação, o corregedor-geral do CNJ, ministro Gilson Dipp, quer investigar as razões da súbita devassa ordenada semana passada pelo corregedor-geral de Justiça do Rio, desembargador Roberto Wider.

A devassa de Wider aconteceu após o rompimento, por parte do 15 Ofício — que tem sedes no Centro e na Barra — , de um contrato de prestação de serviços que o cartório mantinha com o escritório L. Montenegro Advogados Associados.

Pelo contrato, o cartório era obrigado a repassar, mensalmente, 14% de sua renda bruta (cerca de R$ 280 mil) ao escritório, que é administrado pelo empresário e estudante de direito Eduardo Raschkovsky.

Série de reportagens iniciada pelo GLOBO no dia 8 passado mostrou que Raschkovsky é amigo de Roberto Wider. Ambos, além de se frequentarem, viajaram juntos para o exterior. Nove políticos e um advogado — inicialmente eram seis, mas o número cresceu na última semana — afirmam que Raschkovsky, desde 2006, oferece blindagem jurídica a candidatos com problemas no Tribunal Regional Eleitoral do Rio desde quando Wider presidia o TRE.

De Chico Otavio e Cássio Bruno:
Noblat

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