A burguesia brasileira é laica, sem credo, no sentido de desprovida de um projeto nacional. Pode-se dizer que se não tem projeto nacional, o credo da burguesia é o capital. A afirmação é correta, mas insuficiente, posto que o capital é uma relação social, sem dúvida objetiva, mas na qual a moral e a política são ausentes.
A burguesia americana, por exemplo, em contrafeita, possui um projeto nacional-imperial, neste caso inteiramente consorciado com as projeções de poder do Estado para o mundo. Porém, a nossa burguesia nasceu e vive no território brasileiro, é interna, e como qualquer agente social, tem interesses mundanos a preservar e conquistar. Neste sentido, as relações da burguesia com o Estado, em qualquer governo são permanentes, sejam governos de direita, esquerda ou centro. Os representantes da burguesia brasileira, invariavelmente, controlam os ministérios econômicos e o Banco Central, bem os como os chamados “ministérios de produção”, como desenvolvimento e agricultura. Alguns ideológicos de governos de esquerda confundem essa presença como adesão ao projeto de governo. Engano. Esses representantes ministeriais realizam, por assim dizer, uma função corporativa, ou seja, estão a postos para que as políticas de governo se adequem ao princípio da garantia de maximização dos lucros. Neste sentido, pode haver alguma confluência entre os interesses da burguesia e os governos de coalizão de classes - inclusive alguma regulação - quando o ciclo econômico está em alta e os lucros garantidos. Mas a adesão é condicional. Tão logo o ciclo econômico, especialmente o sismógrafo da taxa de lucros, sinalize um viés de baixa, a burguesia abandona o apoio ao governo e parte para novas opções - inclusive golpistas. Esta maneira de operar tem se repetido ao longo da história do Brasil.
A burguesia americana, por exemplo, em contrafeita, possui um projeto nacional-imperial, neste caso inteiramente consorciado com as projeções de poder do Estado para o mundo. Porém, a nossa burguesia nasceu e vive no território brasileiro, é interna, e como qualquer agente social, tem interesses mundanos a preservar e conquistar. Neste sentido, as relações da burguesia com o Estado, em qualquer governo são permanentes, sejam governos de direita, esquerda ou centro. Os representantes da burguesia brasileira, invariavelmente, controlam os ministérios econômicos e o Banco Central, bem os como os chamados “ministérios de produção”, como desenvolvimento e agricultura. Alguns ideológicos de governos de esquerda confundem essa presença como adesão ao projeto de governo. Engano. Esses representantes ministeriais realizam, por assim dizer, uma função corporativa, ou seja, estão a postos para que as políticas de governo se adequem ao princípio da garantia de maximização dos lucros. Neste sentido, pode haver alguma confluência entre os interesses da burguesia e os governos de coalizão de classes - inclusive alguma regulação - quando o ciclo econômico está em alta e os lucros garantidos. Mas a adesão é condicional. Tão logo o ciclo econômico, especialmente o sismógrafo da taxa de lucros, sinalize um viés de baixa, a burguesia abandona o apoio ao governo e parte para novas opções - inclusive golpistas. Esta maneira de operar tem se repetido ao longo da história do Brasil.
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