segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Papa Francisco: O Tempo da Misericórdia é Agora
O tempo da misericórdia é agora. Entrevista com o Papa Francisco
A misericórdia, sempre quando nos referimos à Bíblia, nos faz conhecer um Deus mais "emotivo" do que aquele que às vezes imaginamos. Descobrir um Deus que se comove e se enternece pelo homem pode mudar também a nossa atitude para com os irmãos?
Descobri-Lo nos levará a ter uma atitude mais tolerante, mais paciente, mais terna. Em 1994, durante o Sínodo, em uma reunião dos grupos, eu disse que devia se instaurar a revolução da ternura, e um Padre sinodal – um bom homem, que eu respeito e ao qual quero bem –, já muito idoso, me disse que não convinha usar essa linguagem e me deu explicações razoáveis, como homem inteligente, mas eu continuo dizendo que, hoje, a revolução é a da ternura, porque daí deriva a justiça e todo o resto.
Se um empresário contrata um empregado de setembro a julho, eu lhe disse, ele não faz a coisa certa, porque o despede para as férias de julho para, depois, retomá-lo com um novo contrato de setembro a julho, e, desse modo, o trabalhador não tem o direito à indenização, bem à pensão, nem à previdência social. Não tem direito a nada. O empresário não mostra ternura, mas trata o empregado como um objeto – apenas para dar um exemplo de onde não há ternura.
Se nos colocamos na pele dessa pessoa, em vez de pensar nos próprios bolsos por causa de um pouco mais de dinheiro, então as coisas mudam. A revolução da ternura é o que hoje devemos cultivar como fruto desse ano da misericórdia: a ternura de Deus para com cada um de nós. Cada um de nós deve dizer: "Sou um infeliz, mas Deus me ama assim; então, eu também devo amar os outros do mesmo modo".
Extrato.
IHU
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