Walter Santos
O Brasil do Século XXI de avanços tecnológicos fantásticos experimenta a mais forte crise do segmento de comunicação do Pais, tanto do ponto de vista econômico para sua auto - sustentação em face do novo modelo de negócios imposto pela influência da Internet e Redes Sociais, bem como pela posição politica adotada pelos principais veiculos de comunicação que, de olho na verba publicitária federal, adicionado de postura tipica de partido politico, resolveram peitar e querer derrubar o governo do PT.
Na Paraiba, alguns anos depois do fim das atividades do Jornal O NORTE, um dos espólios de Assis Chateaubriand, eis que o mês de Março de 2015 registra o fechamento do Jornal semanal "Contra Ponto" editado e impresso em João Pessoa sob o comando do experiente e veterano jornalista João Manoel de Carvalho.
Na essência da crise experimentada pelo "Contra Ponto" numa escala inferior de tamanho e abrangência está a mesma causa/efeito da grave crise pela Grande Midia no aspecto econômico em face da retração do mercado anunciante, bem como pela redução de verbas publicitárias oficiais, ou seja advindas dos Governos, sobretudo depois que o Governo do PT resolveu dividir o bolo publicitário com o mercado, e não só os grandes veiculos.
A CAUSA MAIOR DA CRISE
A grande Midia vive a relação de guerra com o Governo Dilma/PT depois da decisão politica da SECOM federal, a partir de Luiz Gushiken, em 2003 em diante, fazendo com que as verbas publicitárias pudessem chegar às médias e pequenas empresas.
Para se ter um atestado concreto da ira da Grande Midia contra Lula e Dilma, basta levar em conta que até FHC toda a verba ia apenas para 192 empresas em todo Pais.
Com Lula, a verba chegou a mais de 6 mil empresas e com Dilma já passa de majs de 8 mil. Esta é a causa do ódio e campanha sistemática da Rede Globo, que detinha com FHC 60% da verba federal.
A CRISE É MAIS GERAL
Quem acompanha atentamente o mercado sabe que o problema é mais embaixo porque as Grandes empresas devem muito de impostos e outros compromissos, alem do mais o mercado reduziu drasticamente as propagandas. Leve-se em conta que com o advento da Internet, os anunciantes estão dividindo bolo com mais gente.
Se a Receita Federal, por exemplo, for rigorosa com a Rede Globo ela enfrentará grave situaçao para se sustentar.
A Editora Abril já entregou 6 andares de seu predio imponencial, fechou varios titulos, ainda vai demitir mais, assim como a Istoé anunciou a redução de 30% de suas despesas cortando pessoal e fechando alguns titulos.
NA PARAIBA, CENA AGRAVADA
Como os Governos não estão anunciando na necessidade das empresas e o mercado publicitario da iniciativa privada concentra mais em TV e algumas radios, logo as demais sofrem muito.
A midia na Internet enfrenta a depreciação do valor cobrado pelos sites e os Impressos enfrentam a concorrencia desleal de custo baixo da midia no modelo online.
Por isso, a crise é grave e deve gerar mais enxugamento e redução de pessoal para que as empresas possam sobreviver.
Ainda voltaremos ao tema para tratar de João Manoel e o Contra-ponto.
João Manoel explica fechamento do Jornal
Contra - Ponto: "não deu mais para manter"
O jornalista João Manoel de Carvalho, veterano e um dos mais gabaritados profissionais de Comunicação da Paraiba, revelou em contato com a reportagem do portal WSCOM Online, que decidiu encerrar as atividades do Jornal "Contra - Ponto" diante da inexistência de faturamento comercial para fazer frente às demandas caras da manutenção".
- Infelizmente, apesar de todos os esforços, não deu mais para manter o projeto de jornalismo critico e independente - declarou.
João Manoel de Carvalho considera o mercado insensivel para com projetos do nivel estético diferenciado do "Contra-Ponto", da mesma forma que se queixa dos órgãos públicos que, segundo ele, poderiam ter maior participação comercial.
Wscom
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