segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Paraíba: Partidos oferecem apoio, mas se 'engalfinham' pela majoritária
Faltando ainda dez meses para as eleições de 2010, as agremiações partidárias da Paraíba já se articulam em busca de espaços na majoritária das três possíveis chapas ao governo do Estado.
As negociações comandadas pelos presidentes dos partidos já ganharam as ruas e até nomes já foram pré-definidos para figurarem como candidatos às vagas de senador e de vice-governador. Na disputa por espaços estão o PT, o DEM, o PTB, o PR, o PSC, PSL e o PDT. O problema é que são poucas as chapas para muitos candidatos.
O DEM, por exemplo, já definiu apoio ao prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), mas em troca pleiteia uma vaga na majoritária que deve ser disputada pelo senador Efraim Morais para reeleição ao Senado. Segundo o deputado estadual Lindolfo Pires, um dos que sempre defenderam a aproximação com os socialistas, o DEM fechou parceria com o PSB, mas em troca exige um espaço na chapa. “O principal é concorrermos na majoritária e disso não abrimos mão. O Democratas é um partido grande e deve ter um representante disputando uma vaga seja para senador ou até mesmo vice-governador”, disse.
O presidente estadual do PSL, ex-deputado Tião Gomes, também anunciou que o partido deverá lançar um candidato a senador em 2010. O professor Francisco Barreto, candidato a prefeito de João Pessoa pelo PTN, em 2008, e recém-filiado, é a aposta do partido para o cargo. Segundo o presidente, o nome de Barreto poderá sair de forma isolada ou numa coligação com a chapa do governador José Maranhão (PMDB).
De acordo com o ex-deputado, o partido lançará 25 candidatos a deputado estadual e a federal que devem atingir mais de 200 mil votos necessários para eleger quatro deputados estaduais e um deputado federal. “Conseguimos fazer um trabalho de atração de lideranças que estavam ‘esquecidas’ nas suas legendas. Queremos tornar o PSL a quarta força política do Estado”, completou.
Tião Gomes revelou ainda que há possibilidade de coligação com outros partidos. “Não sairemos coligados com os grandes como o PMDB e o PSC. Mas buscaremos diálogo com o PT”, afirmou. O ex-deputado destacou que o PSL está preparado para não ser penalizado com a ausência de representação na Assembleia Legislativa. Ele lembrou que, nas eleições de 2006, mesmo atingindo 30 mil votos, ele não foi reeleito pelo fato dos outros candidatos não atingirem o coeficiente.
Apesar das declarações de uma candidatura do partido ao Senado, Tião Gomes disse que o partido não irá impor ou brigar por espaços na chapa majoritária.
Com um quadro de quatro deputados estaduais e um deputado federal na Paraíba, o ex-nanico PSC já articula estratégias para garantir um espaço na chapa majoritária encabeçada pelo governador José Maranhão.
Possivelmente, o deputado federal e presidente do partido na Paraíba, Marcondes Gadelha, figuraria como candidato a vice na chapa do peemedebista. Para o PSC, também existe a possibilidade do presidente da legenda disputar uma vaga de senador, já que o presidente nacional, Pastor Everaldo (PSC-RJ), anunciou o nome de Gadelha como pré-candidato ao Senado Federal.
Após a realização das eleições internas, o PT conseguiu reafirmar o apoio ao governador José Maranhão para 2010, mas já deu o ultimato: o partido deve ser respeitado na composição da chapa majoritária. Segundo o vice-governador Luciano Cartaxo, a atual gestão do governo da Paraíba precisa organizar uma chapa forte, que mostre “amplitude” na aliança costurada para a chapa majoritária. Cartaxo vai além e diz que, a “preço de hoje”, a vaga de vice-governador é uma prioridade para o PT.
“Temos uma resolução assinada pelo partido que diz que o Partido dos Trabalhadores na Paraíba vai lutar ou pela vaga de vice-governador ou pela vaga de senador na chapa de José Maranhão. Mas, como depois do PED, a candidatura ao Senado do deputado federal Luiz Couto ficou muito difícil, a legenda tende a priorizar a disputa à vice-governadoria”, explicou.
André Gomes
Pb 1
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