Nathielle Ferreira
Nesses locais, os dejetos e água suja oriundos das casas da população são lançados em fossas, valas a céu aberto e até em mananciais. Em todos os casos, ocorre a poluição do meio ambiente e aumenta o risco de doenças.
Por outro lado, o estudo constatou que os 223 municípios da Paraíba possuem abastecimento de água e coleta de lixo adequados. A drenagem de águas da chuva também está presente na maioria das cidades. Apenas São José do Tigre, localizado a 243 quilômetros de João Pessoa, não implantou esse serviço ainda.
De acordo com a gerente da Pequisa Nacional do Saneamento Básico, Daniela Saraiva Barreto, a ausência da coleta de esgoto obriga a população a usar outras alternativas, como fossas sépticas, fossas rudimentares, valas a céu aberto e até rios e outros mananciais.
“A maioria dos municípios utiliza as fossas rudimentares, que como o nome já diz, que são apenas buracos feitos no chão, sem nenhuma estrutura de alvenaria que impeça o contato com o solo. Isso polui os lençóis de água e podem causar inúmeras contaminações ao solo e ao homem”, afirmou.
O estudo foi realizado em 2008 e contemplou todos os municípios da Paraíba. O objetivo foi analisar a situação do saneamento básico oferecido à população. O supervisor de Pesquisas da gerência do IBGE na Paraíba, José Pereira Araújo, acrescentou que o saneamento básico é um conjunto que envolve serviços de abastecimento de água, drenagem, rede de esgoto e coleta de lixo. Foi constatado que todos os municípios da Paraíba desenvolvem algum tipo de coleta de resíduos sólidos. O que difere é a qualidade, já que esse tipo de trabalho é realizado, com maior ou menor intensidade nas regiões.
“Para se ter um saneamento de qualidade, é preciso que os serviços de água, coleta de esgoto, drenagem e coleta de lixo sejam de qualidade. Esses serviços são fundamentais para a vida das pessoas. Um lixo que se joga num manancial vai retornar para a população em forma de contaminações”, declarou.
Jornal da Paraíba
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