sexta-feira, 23 de setembro de 2016

“Há os que veem e os que preferem não enxergar”

“Há os que veem e os que preferem não enxergar”, afirma jurista sobre abusos da Lava Jato

O Juiz Sérgio Moro revogou a prisão temporária que havia determinado do ex-ministro da Economia Guido Mantega, o qual foi levado nesta manhã no hospital, enquanto acompanhava uma cirurgia de sua esposa, para tratamento de câncer. As informações são do portal G1.


Segundo Moro, nem ele, nem procuradores do MPF sabiam da condição de saúde da esposa do ex-ministro. No entanto, desde que Mantega foi preso, juristas têm questionado qual era a urgência ou necessidade da medida.


Para o Promotor de Justiça na Bahia e Professor de Direito Processual Penal da Universidade Federal da Bahia, Elmir Duclerc, repetições de práticas de espetacularização e posterior recuo desmoralizam a Operação –“Divulgo escutas ilegais e peço desculpas; recebo denúncia, sem provas, mas com convicção, mas lamento; depois prendo e no hospital e me arrependo. Dessa maneira é que se desmoraliza por completo o Judiciário”.


O Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Desembargador aposentado Geraldo Prado, foi enfático: há quem vê e quem finge não ver os abusos decorrentes da Operação:


“Todos acompanham atentos o modo como a Operação Lava Jato está sendo conduzida, seus abusos, desvios e inconsequências. Há os que veem e os que preferem não enxergar. A história não perdoará estes últimos. Aos primeiros cabe seguir lutando pelo restabelecimento do império do Direito e pela aplicação da Constituição, não revogável por juízos de oportunidade de quem quer que se julgue o senhor da moral no Brasil” – afirmou Prado.


Justificando


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