Dividir os frutos da prosperidade
Sem pretensão de ter mandato de quem quer que seja, expresso aqui avaliação própria, subjetiva e impressionista, sobre o quanto trabalhadores das pequenas e medias empresas sofrem ou melhor, deixam de se beneficiar, da grande onda de prosperidade que vem, à olhos nus, favorecendo pequenos e médios empresários do nosso estado, principalmente do setor de serviços e comercio da capital.
Exceto pela obtenção do emprego, os trabalhadores do setor terciário em João Pessoa e em toda a Paraíba continuam ganhando salários muito pequenos, muitas vezes sem seus direitos legais como carteira assinada, férias regulamentares e decimo terceiro salário.
Tomando como exemplo o ramo mais vistoso do progresso econômico da nossa capital, as empresas ligadas ao turismo: hotéis e restaurantes, pode-se observar a precariedade das condições de trabalho de seus funcionários, com frequência submetidos a ritmo intenso de trabalho ganhando apenas salário mínimo para desempenhar funções que estão muito longe de serem simples, desprovidas de responsabilidades e tensões. Pois estes trabalhadores que são a linha de frente dos serviços, , responsáveis pelo contato direto com os clientes, que, em última instância, decidem o sucesso dos negócios são remunerados como se fossem simples aprendizes de meros trabalhos braçais.
Caberia aos empresários destes setores tocados pela bonança, além de reclamarem, com ou sem razão, do tratamento que recebem do governo, atentarem e cuidarem dos interesses de seus trabalhadores, para que estes, mais bem satisfeitos, pudessem dar ainda melhor desempenho à sua atuação, acrescentando ao trabalho o zelo maior advindo da satisfação de verem seus interesses também contemplados e da percepção de que afinal também participam, ainda que de forma indireta e em menor proporção, do bom momento que vive a economia do nosso estado e da prosperidade do empresariado que o emprega.
João Otávio
Nenhum comentário:
Postar um comentário