Municípios da PB não têm Conselho de Educação
Nathielle Ferreira
Dos 223 municípios da Paraíba, apenas 20 possuem Conselhos Municipais de Educação. A quantidade representa o percentual de 8,97% do total de cidades do Estado. As informações são do presidente do Conselho Estadual de Educação, José Francisco de Melo Neto, que considera a situação preocupante.
“Destes 20 Conselhos existentes, apenas cinco realmente funcionam. Os demais só existem mesmo no papel. Isso é ruim porque compromete a qualidade da educação e acaba sobrecarregando o Conselho Estadual de Educação, que fica obrigado a analisar os processos dos municípios que não têm as entidades. Hoje, temos 20 processos acumulados que estão em tramitação à espera de análise pelos 16 conselheiros estaduais”, completa José Francisco.
A criação dos Conselhos Municipais de Educação faz parte do Plano Nacional de Educação, criado pelo governo federal através da Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001.
Considerado o mais importante instrumento de projetos educacionais do país, o PNE define normas e metas que devem ser obedecidas pelos governos estaduais e municipais.
O Plano ainda regulamenta a ampliação da oferta de vagas na rede pública, uso adequado dos recursos destinados à educação e funcionamento adequado de creches e colégios públicos e privados. Cabe aos conselhos a atribuição de acompanhar, analisar e cobrar ações voltadas para a melhoria da educação.
Segundo José Francisco Neto, os conselheiros de educação são responsáveis, por exemplo, por preparar o plano pedagógico aplicados nas escolas da rede de ensino das cidades, por analisar processos relativos a colégios e alunos e ainda por fiscalizar o funcionamento das escolas e cumprimento das leis que abordam o assunto. Os trabalhos são feitos em parceira com a Promotoria da Educação.
“A falta de Conselhos municipais é algo preocupante, mas é preciso dizer que isso vem ocorrendo porque por falta de interesse dos municípios. Os prefeitos não querem criar órgãos que irão fiscalizar suas gestões. Outro motivo pela falta de conselhos é a ausência de recursos humanos para exercer as funções”, completou.
De acordo com Francisco Neto, apenas as cidades de João Pessoa, Santa Rita, Patos, Sousa e Campina Grande mantêm os Conselhos Municipais em pleno funcionamento.
JP Online
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