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domingo, 6 de janeiro de 2019
Cavalgaduras à caça de Marx
Um tropel ignaro acossa o filósofo, que volta à vida ao analisar 'Fausto'
A majestade do "Fausto", de Goethe, obstrui a fruição do esplêndido poema dramático alemão. Acrescente-se à fama fáustica um século e tanto de teses emboloradas, de empoladas notas de pé de página. Elas mais envelhecem que dão viço ao doutor que vendeu a alma a Mefistófeles.
Esse argumento foi defendido por Brecht, em 1954, num estudo ao qual deu o título certeiro de "A Intimidação Através do Classicismo".
Algo assim ocorre hoje no Brasil. Aqui, um bando de brutamontes macambúzios só ejacula ao maltratar Marx, do qual não leu uma parca página.
sexta-feira, 27 de julho de 2018
A identidade de um revolucionário
fé de que o improvável era possível |
Valério Arcary
Recebo, de vez em quando, mensagens de jovens que não conheço, pessoalmente, e pelo facebook me perguntam se ainda é possível a luta pelo socialismo. Percebo que têm aversão à injustiça e simpatia pela causa dos trabalhadores. Mas se interrogam sobre o sentido da dedicação à militância neste século XXI. Vale a pena? Quais são os maiores desafios e perigos? Escrevi este texto como se fosse uma mensagem pessoal de resposta.
sexta-feira, 20 de julho de 2018
A evolução da esquerda - 1
Hamilton Garcia de Lima - Junho 2018
A esquerda moderna no Brasil, que compreende a organização dos trabalhadores em movimentos de luta por direitos econômico-sociais associados a correntes ideológicas de viés socialista, nasce em meio à confluência, na passagem do século XIX ao XX, da industrialização propiciada pela acumulação dos excedentes econômicos da cafeicultura paulista, da urbanização incrementada pelo fim da escravidão e do incentivo governamental à imigração europeia, visando ao aumento da produtividade do trabalho.
terça-feira, 10 de julho de 2018
Domenico Losurdo: crítico impertinente do liberalismo, defensor impenitente do comunismo
Por Israel Souza.
Inegavelmente, Domenico Losurdo foi um dos maiores pensadores de nossos dias. Erudito, apaixonado, polêmico, enfeixava em sua análises, sempre e de maneira virtuosa, história, filosofia e política.
Rica, sua obra pode ser lida de muitas formas. Nessa pequena homenagem, arriscamos apenas uma dessas, tendo como eixo a crítica ao liberalismo e a defesa do comunismo.
É consabido que, após o fim da União Soviética, estabeleceu-se como hegemônica a compreensão de que o socialismo era, além de página virada, uma experiência eminentemente autoritária, desastrosa. Vitorioso, o capitalismo deveria ser abraçado, não apenas porque venceu o socialismo, mas porque era liberal e democrático, reino da liberdade e da prosperidade. A história havia chegado ao fim, diria Fukuyama.
Inegavelmente, Domenico Losurdo foi um dos maiores pensadores de nossos dias. Erudito, apaixonado, polêmico, enfeixava em sua análises, sempre e de maneira virtuosa, história, filosofia e política.
Rica, sua obra pode ser lida de muitas formas. Nessa pequena homenagem, arriscamos apenas uma dessas, tendo como eixo a crítica ao liberalismo e a defesa do comunismo.
É consabido que, após o fim da União Soviética, estabeleceu-se como hegemônica a compreensão de que o socialismo era, além de página virada, uma experiência eminentemente autoritária, desastrosa. Vitorioso, o capitalismo deveria ser abraçado, não apenas porque venceu o socialismo, mas porque era liberal e democrático, reino da liberdade e da prosperidade. A história havia chegado ao fim, diria Fukuyama.
Löwy: Marxismo além do Progresso e do Trabalho
Pensamento de Marx está vivo, mas apenas se admitir suas próprias lacunas e insuficiências — e ouvir vozes rebeldes como as Mariategui, Benjamin e Rosa Luxemburgo
O franco-brasileiro Michael Löwy é um dos mais destacados intelectuais revolucionários em nível mundial. O sociólogo e filósofo marxista é um dos principais impulsionadores da alternativa ecossocialista. Em uma entrevista para a Fundação Miguel Enríquez, do Chile, ele dialoga sobre o marxismo na América Latina, movimentos sociais, o novo internacionalismo e os desafios do anticapitalismo.
sábado, 30 de junho de 2018
“Marxismo ocidental”, “marxismo oriental”
O marxismo ocidental Parte 2 Domenico Losurdo
6. “Marxismo ocidental”, “marxismo oriental”
A essa altura, é oportuno examinar de novo a distinção-contraposição formulada por Perry Anderson, à época, entre “marxismo ocidental” e “marxismo oriental”55. Primeiramente, convém analisar as condições históricas diferentes em que um e outro viveram e operaram. Partiremos de 1917. Se no Ocidente prevalece, em primeiro lugar, a denúncia das consequências nefastas (a carnificina e o afundamento da democracia) provocadas pela competição e pela guerra interimperialista, no Oriente, ao contrário, a Revolução de Outubro tem uma repercussão extraordinária graças ao apelo aos “escravos das colônias” para quebrar as correntes da opressão e da humilhação nacional. Se no Ocidente o Estado-nação era o Moloc sanguinário que sacrificava milhões de homens à sede de domínio e aos interesses do grande capital, no Oriente era o objetivo a ser alcançado para livrar-se do jugo colonial e acabar com as práticas escravagistas e genocidas realizadas pelas grandes potências capitalistas contra os bárbaros. Nas duas áreas em que o mundo estava dividido, o imperialismo era percebido de modo diferente; não há contradição, e sim plena convergência entre esses dois aspectos. Entretanto, o marxismo ocidental e o marxismo oriental nunca se encontraram? Será que o primeiro nunca compreendeu realmente o segundo?
6. “Marxismo ocidental”, “marxismo oriental”
A essa altura, é oportuno examinar de novo a distinção-contraposição formulada por Perry Anderson, à época, entre “marxismo ocidental” e “marxismo oriental”55. Primeiramente, convém analisar as condições históricas diferentes em que um e outro viveram e operaram. Partiremos de 1917. Se no Ocidente prevalece, em primeiro lugar, a denúncia das consequências nefastas (a carnificina e o afundamento da democracia) provocadas pela competição e pela guerra interimperialista, no Oriente, ao contrário, a Revolução de Outubro tem uma repercussão extraordinária graças ao apelo aos “escravos das colônias” para quebrar as correntes da opressão e da humilhação nacional. Se no Ocidente o Estado-nação era o Moloc sanguinário que sacrificava milhões de homens à sede de domínio e aos interesses do grande capital, no Oriente era o objetivo a ser alcançado para livrar-se do jugo colonial e acabar com as práticas escravagistas e genocidas realizadas pelas grandes potências capitalistas contra os bárbaros. Nas duas áreas em que o mundo estava dividido, o imperialismo era percebido de modo diferente; não há contradição, e sim plena convergência entre esses dois aspectos. Entretanto, o marxismo ocidental e o marxismo oriental nunca se encontraram? Será que o primeiro nunca compreendeu realmente o segundo?
O marxismo ocidental Parte 1 Domenico Losurdo
Por muito tempo o “marxismo ocidental” celebrou a sua superioridade em relação ao marxismo dos países que se remetiam ao socialismo e que estavam todos situados no Oriente. Em decorrência dessa atitude arrogante, o marxismo ocidental nunca se empenhou seriamente em repensar a teoria de Marx à luz de um balanço histórico concreto: qual era o papel do Estado e da nação nesses países e no “campo socialista”? Como promover a democracia e os direitos humanos e como estimular o desenvolvimento das forças produtivas e o bem-estar das massas numa situação caracterizada pelo bloqueio capitalista? Ao invés de pôr-se essas questões difíceis, o marxismo ocidental preferiu abandonar-se à cômoda atitude autoconsolatória de quem cultiva em particular as suas utopias e rejeita, como uma contaminação, o contato com a realidade e a reflexão sobre a realidade. Disso derivou uma progressiva capitulação à ideologia dominante. Por fim, a autocelebração do marxismo ocidental desembocou na sua autodissolução.
sexta-feira, 29 de junho de 2018
Oriente e Ocidente: do cristianismo ao marxismo
Domenico Losurdo.
Nascido no coração do Ocidente, com a Revolução de Outubro, o marxismo se difundiu por todo o mundo, penetrando com força em países e áreas em condições econômicas e sociais mais atrasadas e com uma cultura muito diferente. Tendo atrás de si a tradição judaico-cristã, o marxismo ocidental, como vimos, não poucas vezes evoca motivos messiânicos (a espera por um “comunismo” concebido e sentido como a resolução de todos os conflitos e contradições e, portanto, como uma espécie de fim da história). Mas o messianismo está francamente ausente numa cultura como a chinesa, em geral caracterizada, em seu desenvolvimento milenar, pela atenção reservada à realidade mundana e social.
Nascido no coração do Ocidente, com a Revolução de Outubro, o marxismo se difundiu por todo o mundo, penetrando com força em países e áreas em condições econômicas e sociais mais atrasadas e com uma cultura muito diferente. Tendo atrás de si a tradição judaico-cristã, o marxismo ocidental, como vimos, não poucas vezes evoca motivos messiânicos (a espera por um “comunismo” concebido e sentido como a resolução de todos os conflitos e contradições e, portanto, como uma espécie de fim da história). Mas o messianismo está francamente ausente numa cultura como a chinesa, em geral caracterizada, em seu desenvolvimento milenar, pela atenção reservada à realidade mundana e social.
sábado, 10 de fevereiro de 2018
Uma frente anticapitalista, uma civilização ecossocialista
Michael Löwy defende que esquerda integre-se aos novos movimentos e lute por uma civilização além “da produção ao infinito de mercadorias inúteis”
Entrevista a Marco Álvarez, no site da Fundación Miguel Enríquez | Tradução: Cepat/IHU Online
Em em seu livro O marxismo na América Latina, você destaca três períodos na história do marxismo na região: um “período revolucionário”, dos anos 1920 a meados dos anos 1930, no qual se sobressaem a contribuição teórica de Mariátegui e a experiência de insurreição em El Salvador, em 1932; um “período stalinista”, iniciado em meados dos anos 1930 até 1959, marcado pela hegemonia soviética; e um terceiro que denomina “novo período revolucionário”, iniciado com o triunfo da revolução cubana. Continuando com essa classificação, como denominaria a etapa do marxismo na América Latina dos últimos 25 anos, e quais seriam suas principais características?
Entrevista a Marco Álvarez, no site da Fundación Miguel Enríquez | Tradução: Cepat/IHU Online
Em em seu livro O marxismo na América Latina, você destaca três períodos na história do marxismo na região: um “período revolucionário”, dos anos 1920 a meados dos anos 1930, no qual se sobressaem a contribuição teórica de Mariátegui e a experiência de insurreição em El Salvador, em 1932; um “período stalinista”, iniciado em meados dos anos 1930 até 1959, marcado pela hegemonia soviética; e um terceiro que denomina “novo período revolucionário”, iniciado com o triunfo da revolução cubana. Continuando com essa classificação, como denominaria a etapa do marxismo na América Latina dos últimos 25 anos, e quais seriam suas principais características?
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Carlos Nelson Coutinho, dossiê, obras na internet
Carlos Nelson Coutinho
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Neste 28 de junho de 2016, dia em que Carlos Nelson Coutinho completaria 73 anos, marxismo21 homenageia o autor com a publicação de um extenso dossiê sobre a sua obra teórica. Nesta página são divulgados livros, artigos, entrevistas etc. bem como diversos textos e vídeos que examinam o profícuo trabalho intelectual desse pensador. Com satisfação, informamos que nesta mesma data está sendo criado o Centro de Estudos e Pesquisas Carlos Nelson Coutinho na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Marxismo: História de uma Herança
Marcelo Ridenti
A obra refaz o percurso do pensamento de Marx e seus continuadores no país
Livro: História do Marxismo no Brasil, volume I, O Impacto das revoluções. De Daniel Aarão Reis Filho et all. Editora Paz e Terra, 208 páginas, 1991.
O marxismo - esse conjunto de movimentos teóricos, políticos e revolucionários inspirados no legado de Karl Marx -tem deixado suas marcas na sociedade brasileira. Transposição mecânica de experiências estrangeiras para solo pátrio, ou busca de inspiração teórica e prática para resolver as contradições da nossa sociedade? Derrotas da dialética e dialética de derrotas. Esperanças sepultadas para sempre ou fantasma que rondará novamente a ordem capitalista estabelecida?
A obra refaz o percurso do pensamento de Marx e seus continuadores no país
Livro: História do Marxismo no Brasil, volume I, O Impacto das revoluções. De Daniel Aarão Reis Filho et all. Editora Paz e Terra, 208 páginas, 1991.
O marxismo - esse conjunto de movimentos teóricos, políticos e revolucionários inspirados no legado de Karl Marx -tem deixado suas marcas na sociedade brasileira. Transposição mecânica de experiências estrangeiras para solo pátrio, ou busca de inspiração teórica e prática para resolver as contradições da nossa sociedade? Derrotas da dialética e dialética de derrotas. Esperanças sepultadas para sempre ou fantasma que rondará novamente a ordem capitalista estabelecida?
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Marxismo e Dogmatismo
...” Kautsky entendia que não seria possível
(...) “ jurar sobre a palavra do Mestre já que mais de uma vez sua palavras estão em contradição entre si. O marxismo não veio ao mundo como um dogma, estabelecido de uma vez por todas, mas como uma concepção surgida da realidade e que se desenvolve com essa realidade, graças aos métodos de observação. Desde o Manifesto Comunista, em 1847 até o último artigo de Engels, em 1895, o pensamento de nossos Mestres sofreu muitas modificações. Esse simples fato impede qualquer ortodoxia, que não era de nenhum modo possível após a morte deles, já que tinham emergido no mundo vários problemas sobre os quais Marx e Engels nada podiam saber, que nós tínhamos que resolver automaticamente(...)
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PP 106; A crítica marxista de Kautsky ao bolchevismo
Rubens Pinto Lira em Marxismos na Contemporaneidade,
Jaldes Reis de Meneses e Rubens Pinto Lira, organizadores.
Editora da UFPB
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
“A centelha se acende na ação: a filosofia da práxis no pensamento de Rosa Luxemburgo”
Michael Löwy: O pensamento de Rosa Luxemburgo
Michael Löwy.*
Artigo publicado originalmente na revista semestral da Boitempo, a Margem Esquerda, com o título, “A centelha se acende na ação: a filosofia da práxis no pensamento de Rosa Luxemburgo”.
Algumas palavras pessoais, a título de introdução. Descobri Rosa Luxemburgo por volta de 1955, aos 17 anos, graças ao amigo Paulo Singer. Paulo me explicou longamente a teoria do imperialismo, mas o que me atraiu mesmo foram os textos políticos que ele me passou, a crítica do centralismo, a visão revolucionária e democrática de Rosa Luxemburgo.
Michael Löwy.*
Artigo publicado originalmente na revista semestral da Boitempo, a Margem Esquerda, com o título, “A centelha se acende na ação: a filosofia da práxis no pensamento de Rosa Luxemburgo”.
Algumas palavras pessoais, a título de introdução. Descobri Rosa Luxemburgo por volta de 1955, aos 17 anos, graças ao amigo Paulo Singer. Paulo me explicou longamente a teoria do imperialismo, mas o que me atraiu mesmo foram os textos políticos que ele me passou, a crítica do centralismo, a visão revolucionária e democrática de Rosa Luxemburgo.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Marxismo e dilemas da revolução
Marly Vianna
O Portal Grabois disponibiliza a apresentação feita pela historiadora Marly Vianna ao livro Linhas Vermelhas: Marxismo e dilemas da Revolução, de Augusto Buonicore. No seu texto Marly afirma que a obra foi “editada em muito boa hora”. O autor, “teria escrito vários artigos imprescindíveis para os estudiosos do assunto. Mas, eles estavam dispersos – o que dificultava sua utilização. As questões tratadas são, sem dúvida, da maior importância para a compreensão do pensamento marxista. Elas ajudam-nos a refletir sobre os dilemas políticos das esquerdas no Brasil, em especial no momento que atravessamos. Num tempo em que a teoria e a política tendem a ser desprezadas, em que o individualismo parece sobrepor-se ao social, em que os partidos políticos são considerados obsoletos e descartáveis, quando as ideologias saíram de moda, é um livro imprescindível!”.
O Portal Grabois disponibiliza a apresentação feita pela historiadora Marly Vianna ao livro Linhas Vermelhas: Marxismo e dilemas da Revolução, de Augusto Buonicore. No seu texto Marly afirma que a obra foi “editada em muito boa hora”. O autor, “teria escrito vários artigos imprescindíveis para os estudiosos do assunto. Mas, eles estavam dispersos – o que dificultava sua utilização. As questões tratadas são, sem dúvida, da maior importância para a compreensão do pensamento marxista. Elas ajudam-nos a refletir sobre os dilemas políticos das esquerdas no Brasil, em especial no momento que atravessamos. Num tempo em que a teoria e a política tendem a ser desprezadas, em que o individualismo parece sobrepor-se ao social, em que os partidos políticos são considerados obsoletos e descartáveis, quando as ideologias saíram de moda, é um livro imprescindível!”.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Zizek: "A nova luta de classes é entre quem está dentro e quem ficou de fora."
Entrevista com Slavoj Žižek
Depois da queda do Muro de Berlim, os intelectuais de esquerda podem ser divididos em três tipos: os perseverantes, os pessimistas e os inovadores. De acordo com Razmig Keucheyan, autor de um valioso ensaio sobre o Hémisphère gauche ("La Découverte"), Slavoj Žižek pertence à última categoria.
domingo, 10 de abril de 2016
Löwy: “Não há contradição em defender a democracia e combater as políticas neoliberais do governo”
Entrevista inédita com Michael Löwy
Qual o papel do marxismo e do pensamento socialista hoje?
No contexto do lançamento do livro Michael Löwy: marxismo e crítica da modernidade, de Fabio Mascaro Querido, que retraça a trajetória intelectual e política de Löwy e oferece um panorama do conjunto de sua obra, o sociólogo franco-brasileiro concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo em que discute a conjuntura política e econômica do Brasil, a onda conservadora global e os desafios e possibilidades abertas para a esquerda mundial. No entanto, somente alguns fragmentos da entrevista realizada por Natália Portinari foram aproveitados na matéria publicada. Por isso, o Blog da Boitempo publica a seguir, a versão integral da entrevista. Saiba mais sobre a promoção de lançamento do livro ao final deste post!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Idealismo e juventude: 50 anos da morte de Camilo Torres
Quem foi Camilo Torres?
Camilo Torres Restrepo foi padre, formou-se em sociologia pela Universidade Belga de Louvaina, fundou a primeira escola de sociologia da América Latina.
Também "promoveu diversos projetos voltados ao resgate dos setores mais marginalizados da sociedade colombiana, teorizando a necessidade urgente de uma mudança radical na própria organização do seu país. A iniciativa mais relevante foi a fundação da Frente Unida do Povo, um movimento que se opunha à "Grande Coalizão” de governo, formada pelos dois maiores partidos, Liberal e Conservador”.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Walter Benjamin: o marxismo da melancolia
Antônio Cândido
Este livro de Leandro Konder é a introdução ideal ao conhecimento de um dos intelectuais mais atraentes da primeira metade do século [passado]. Claro e preciso, sem vislumbre de pretensão, ele vai desdobrando, conforme um plano bem traçado, os diferentes níveis que é preciso levar em conta: o quadro social, a formação, as relações decisivas, a aquisição das ideias, os escritos, a força do destino que desfecha em tragédia. Graças a isso, podemos encontrar um Walter Benjamin expressivo em sua delicada complexidade, tornado acessível mas nunca simplificado.
terça-feira, 14 de julho de 2015
A luta de classes explica o mundo
Claudio Bernabucci — O filósofo italiano Domenico Losurdo analisa a atualidade do conceito marxista em um momento em que a renda está sendo redistribuída a favor das classes privilegiadas. Nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos cresce o abismo entre ricos e pobres
Historiador da filosofia e professor emérito da Universidade de Urbino, na Itália, Domenico Losurdo está em São Paulo em junho para um seminário intitulado Cidades Rebeldes e para o lançamento, pela Editora Boitempo, de seu Luta de Classes. Na entrevista a seguir, o acadêmico, um dos estudiosos italianos mais traduzidos no mundo, fala do novo livro, da ascensão dos emergentes e do marxismo, e contesta o historiador britânico Niall Ferguson, expoente liberal.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Marxismo e religião: ópio do povo?
Michael Löwy*
A religião ainda é tal como Marx e Engels a entendiam no século XIX, um baluarte de reação, obscurantismo e conservadorismo? Brevemente, sim, é. Seu ponto de vista se aplica ainda a muitas instituições católicas (a Opus Dei é só o exemplo mais claro), ao uso fundamentalista corrente das principais confissões (cristã, judia, muçulmana), à maioria dos grupos evangélicos (e sua expressão na denominada “igreja eletrônica”), e à maioria das novas seitas religiosas, algumas das quais, como a notória Igreja do reverendo Moon, são nada mais que uma hábil combinação de manipulações financeiras, lavagem cerebral e anticomunismo fanático.
Entretanto, a emergência do cristianismo revolucionário e da teologia da libertação na América Latina (e em outras partes) abre um capítulo histórico e eleva novas e excitantes questões que não podem ser respondidas sem uma renovação da análise marxista da religião.
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