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O percentual de pessoas que acreditam que a pobreza está relacionada à falta de oportunidades iguais para todos subiu de 58% para 77%, enquanto que os que crêem que a pobreza é fruto da preguiça para trabalhar (ou seja, os que acreditam em "meritocracia") caiu de 37% para 21%.
A tolerância à homossexualidade também aumentou, de 64% para 74%, assim como a aceitação de migrantes pobres (63% para 70%) e a rejeição à pena de morte (52% para 55%). Todas pautas defendidas pelas Esquerdas.
Uma exceção ocorreu quanto à idéia de o cidadão ter o direito de possuir uma arma legalizada: hoje, 43% da população apoia essa ideia, que, em 2014, era defendida por 35%. Mas a opinião contrária ainda predomina em 55% da população (antes, 62%).
Outra exceção foi constatada quanto a querer pagar menos impostos (51%) e depender menos do governo (54%), posições que normalmente são bandeiras da Direita conservadora. Porém, para 76% da população, o Estado deve ser o principal responsável por fazer a economia crescer (ideal claramente esquerdista).
No todo, Direita e Centro-Direita representam 40% da população. Na pesquisa anterior eram 45%. Já a soma de Esquerda e Centro-Esquerda aumentou de 35% para 41%. O Centro manteve-se com 20%.
Esses dados ajudam a entender como, mesmo com toda a campanha midiática negativa, a Esquerda continua forte, e com um candidato (Lula) liderando todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2018.
Além disso, reforça a percepção de que o tão alardeado fim do PT nas eleições de 2016, na verdade, foi mais efeito do descrédito da classe política como um todo, e que a Direita não foi capaz de preencher o vácuo deixado pelo PT (nas eleições para prefeito de São Paulo, por exemplo, o tucano fascistoide Doria conseguiu a maioria dos votos válidos, mas teve menos votos do que a somatória de votos brancos, nulos, e abstenções).
Diante desse quadro, fica claro que as Esquerdas devem ir a campo, reforçando essa identificação da maioria da população com seus ideais, além de reforçar, como já expusemos neste texto, a responsabilidade dos golpistas em todos os retrocessos a que o país está submetido após a adoção das medidas de austeridade do GOLPE.
Por Francisco Mestre
InstitutoSocialDemocrático
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