sexta-feira, 11 de março de 2016
Preservar o nosso fragilíssimo Estado de Direito.
Sobre o que estamos falando mesmo?
Luiz Ruffato
Confesso que não sei dizer se o instituto da “condução coercitiva” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor na Polícia Federal é legal ou ilegal – falta-me conhecimento jurídico para tanto. Como trata-se de uma interpretação – ou seja, de um julgamento subjetivo – os argumentos pró e contra parecem ambos de tal maneira convincentes que, ao invés de me esclarecer, confundem. No entanto, se houve mesmo excesso no desempenho da Polícia Federal, obedecendo a uma determinação do juiz do caso Lava Jato, Sérgio Moro, devemos exigir com veemência o estrito cumprimento da ordem, no sentido de preservar o nosso fragilíssimo Estado de Direito.
Concordo também que o saldo socioeconômico dos dois mandatos do governo Lula, entre 2002 e 2010, foi o melhor da nossa história recente. O Produto Interno Bruto cresceu a uma média de 4% ao ano, a inflação esteve sob controle, o desemprego atingiu a marca surpreendente de 5,3% da população economicamente ativa, a taxa de juros chegou a recuar para 8,7% ao ano, e, mais importante que tudo, por meio de um eficiente sistema de transferência de renda, pela primeira vez, em 2014, o país deixou o mapa mundial da fome – segundo a FAO, órgão da ONU, entre 2002 e 2013 o número de brasileiros em estado de subalimentação caiu 82%.
http://brasil.elpais.com/…/09/opinion
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