sexta-feira, 25 de março de 2016
Rede Globo de São Paulo é cercada por 30 mil manifestantes
Cerca de 30 mil pessoas cercaram a sede da Rede Globo em São Paulo na noite desta quinta-feira (24), ao finalizar manifestação em defesa da democracia. O protesto pacífico, intitulado "Ato em Defesa da democracia - A saída é pela esquerda", teve início no Largo da Batata, em Pinheiros, região oeste da capital paulista. Os manifestantes são favoráveis a permanência da presidente Dilma Rousseff no governo e contra o impeachment. O movimento acusa a Globo de "apoiar um golpe contra a democracia no país".
Por volta das 18h40, o grupo começou a marchar pela Avenida Faria Lima em direção à Zona Sul da capital paulista. Eles passaram pelas avenidas Juscelino Kubitschek e Engenheiro Luis Carlos Berrini. Às 20h45 os manifestantes entraram na Avenida Chucri Zaidan e chegaram em frente à sede da TV Globo.
"Golpe nunca mais, eu tô nas ruas por direitos sociais" foi um dos gritos entoados no protesto. Os manifestantes também entoaram: "barrar a Direita no governo, no Congresso e nas ruas".
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, que participa do protesto, destacou que "muita gente de vários setores sociais estão lutando contra o golpe". "O impeachment signigica um retrocesso, a imposição de uma pauta neo-liberal, com a precarização do trabalho, arrocho. Não haverá estabilidade com impeachment", afirmou.
Falcão defendeu que o Supremo Tribunal Federal retire a suspensão da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. "Lula é ficha limpa, portanto não há nenhuma razão para ele não ser ministro", disse o presidente do PT
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, disse em discurso que o objetivo do protesto é "deter uma ameaça à democracia e às garantias constitucionais". "Importante dizer que não estamos aqui para defender governo algum", discursou.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL), afirmou: "Estamos aqui para defender os direitos dos trabalhadores e contra o ajuste fiscal. O processo de impeachment está sendo tocado por um delinquente que deveria estar preso: Eduardo Cunha".
Brasil 247
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