segunda-feira, 5 de julho de 2010
Quatro escolas paraibanas estão entre as piores do país, revela Ideb
Os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2009, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), nesta segunda-feira (5), mostram que quatro escolas paraibanas estão entre as 12 instituições públicas de ensino do país que tiveram as notas mais baixas e não atingiram a meta estipulada pelo governo federal. Apesar da melhoria dos resultados no Brasil, em geral, a pesquisa constatou que 35% das escolas públicas do país ficam abaixo da meta nos anos finais do ensino fundamental, que equivale ao ciclo da 5ª à 8ª série (6º ao 9º ano). Nos anos iniciais, da 1ª à 4ª série (1º ao 5º ano), o número foi de 26%.
Da 5ª à 8ª série, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Maestro José Siqueira, da cidade de Conceição, e A EEEFM Desembargador Artur Virgínio de Moura Matinha, em Matinha, ficaram com índice de 0,7, quando a meta para a Paraíba, em 2009, era de 2,7. As duas instituições fazem parte da rede estadual de ensino, que teve ainda a EEEF de Audiocomunicação, na capital, com notas baixas na avaliação da 1º à 4ª série. A EMEIF Firmo Santino da Silva, escola municipal de Alagoa Grande, também ficou entre as piores dos anos inciais de ensino . Elas registraram notas de 0,6 e 0,5, respectivamente. A Meta do governo para o Estado, nesse ciclo, era de 3,4.
Veja lista com as piores escolas do Brasil.
A avaliação do Ideb mostrou ainda que a região Nordeste é a que apresenta o maior déficit educacional, já que noves cidades, distribuídas por três estados – Bahia (5) , Piauí (2) e Paraíba (2) - da região, apresentaram as notas mais baixas do Brasil nos anos iniciais do ensino. A pior nota foi de Apuarema, na Bahia, com 0,5. A meta da cidade era 2,6. Em 2005, o município teve 2,1 e em 2007 teve 2,7. Na 8ª série, as piores notas foram registradas em cinco cidades da Bahia, três do Rio Grande do Norte, duas de Alagoas, uma da Paraíba, uma do Maranhão e uma de Sergipe. A nota mais baixa foi de Jardim de Angicos, no Rio Grande do Norte, que teve 1,6. A meta do governo federal para a cidade em 2021 é 4,6, enquanto a do Brasil é 5,5.
Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro, por sua vez, concentram os 20 municípios com as melhores notas no ensino fundamental. A melhor nota da 4ª série é de Dois Lajeados, no Rio Grande do Sul, com 7,3, e na 8ª série é de Jeriquara, em São Paulo, com 6,6.
O Ideb é calculado a cada dois anos e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil. A escala vai de 0 a 10. A pontuação de escolas públicas do país no índice mostra que as notas vão de 0,2 a 9. A meta do Brasil é chegar a 6 na 4ª série e a 5,5 na 8ª série em 2021. O índice médio dos países desenvolvidos é 6.
Para o cálculo, foram consideradas 25.146 escolas da 8ª série e 33.689 da 4ª série que tiveram Ideb e meta em 2009. Dos totais analisados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), uma parte ficou sem Ideb 2009, por não ter atingido a quantidade necessária de amostras para o cálculo, e outra parte ficou sem meta 2009, por ter participado pela primeira vez do Ideb.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação e Cutlura informou que o secretário, Sales Gaudêncio, está analisando os dados para depois se pronunciar acerca do assunto.
Confira lista das escolas que obtiveram os melhores índices na Paraíba:
da 1ª à 4ª série:
Sesquicentenário (JP) – 5,9
Escola Estadual Fernando Moura Cunha Lima (JP) – 5,2
Escola Municipal Dr. José Novais (JP) – 5,0
Escola Estadual Nossa Senhora do Rosário (CG) – 4,9
Escola Municipal Santo Antônio (CG) – 4,9
da 5ª à 8ª série:
Escola de Ensino Fundamental e Médio Afonso Campos (Pocinhos) – 5,0
Escola Estadual Dom Helder Câmara (CG) – 4,7
Instituto Dom Adauto (estadual) (JP) – 4,6
Escola Municipal Joaquim de Assis Ferreira (Malta) – 4,6
Paraíba 1
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